Porque é que assusta quando o universo nos dá de volta exactamente aquilo que lhe pedimos? Depois das borboletas na barriga vem o medo. “Querias? Agora tens! Agora deixaste de ter desculpa.” Bom, eu queria. E tive. E foi bom. E é bom. E continua a ser ainda melhor. Mas também me assusta. Agora não sei o que hei-de fazer. O que é suposto fazer. Quero que tudo continue exactamente como está. Quero continuar naquele sorriso adolescente que me faz sentir viva. Mas será que ele também quer isso? Será que ele também quer só isso? É que eu por agora estou bem assim. Nunca antes estive, por isso agora estou. E não quero que lhe passem outras ideias pela cabeça. Pelo menos para já. Será que o verbo usufruir dura no tempo? Ou acarreta sempre algo mais? Não sei. E eu estou bem neste não saber – só queria é que ele também estivesse.
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