Gostava realmente de saber a resposta porque a pergunta não é retórica. Imaginando que há uma pessoa irresponsável, que teima em desperdiçar as imensas capacidades que tem em não fazer nada, que não ouve ninguém e se limita encolher os ombros aos que lhe tentam abrir os olhos, que se deixa enrolar numa inércia absolutamente assustadora em que única forma de fugir à letargia é ir para os copos todas as noites com dinheiro que não tem, de trabalho que não encontra… eu gostava mesmo de saber: quem são mais amigos? Os que continuam a apaparicar o problema e a dar-lhe presentinhos lindos? Ou os que se chateiam à séria e o tentam fazer sair disto?
Eu voto pelos segundos, até porque adoro a pessoa em questão. E, precisamente por gostar muito, mas mesmo muito dele, revolto-me, insurjo-me, chateio-me. Enervo-me com aqueles que se dizem amigos mas que optam pela via mais fácil que é a de ter pena. Porque esses pretensos grandes amigos não olham para o problema de frente. Talvez lhes doa, como a mim me dói, mas optam por resolver o curto prazo, sem se aperceberem que gostar de uma pessoa é agir muito mais profundamente que isso. Que gostar de uma pessoa não é fazer-lhe as vontadinhas todas, que gostar de uma pessoa às vezes obriga a decisões duras, que gostar de uma pessoa é saber mostrar-lhe que está errada mesmo que isso implique uma dor imensa no coração. A amizade não é passar a mão cinicamente pela cabeça, é abanar o outro. É chamá-lo à razão. É dizer-lhe que está errado em vez de mostrar piedade.
Ou talvez não. Pela lógica destes amigos quem está errada sou eu que me recuso a contribuir para prendinhas desnecessárias que desajudam mais do que fazem bem. Tudo isto me enerva profundamente – talvez por gostar ainda profundamente da pessoa em questão. Porque estou lá por ele. Sempre estive e sempre estarei. Mas estou lá para ajudar e mover meio mundo pela pessoa absolutamente maravilhosa que é se isso significar que a vida dele anda para frente, não para alimentar uma preguiça inata que não o deixa evoluir. Para isso não contem comigo. Nem hoje, nem nunca. Quando gosto, gosto muito. E faço tudo, mesmo que o resto do mundo não compreenda a minha maneira de gostar.
Eu voto pelos segundos, até porque adoro a pessoa em questão. E, precisamente por gostar muito, mas mesmo muito dele, revolto-me, insurjo-me, chateio-me. Enervo-me com aqueles que se dizem amigos mas que optam pela via mais fácil que é a de ter pena. Porque esses pretensos grandes amigos não olham para o problema de frente. Talvez lhes doa, como a mim me dói, mas optam por resolver o curto prazo, sem se aperceberem que gostar de uma pessoa é agir muito mais profundamente que isso. Que gostar de uma pessoa não é fazer-lhe as vontadinhas todas, que gostar de uma pessoa às vezes obriga a decisões duras, que gostar de uma pessoa é saber mostrar-lhe que está errada mesmo que isso implique uma dor imensa no coração. A amizade não é passar a mão cinicamente pela cabeça, é abanar o outro. É chamá-lo à razão. É dizer-lhe que está errado em vez de mostrar piedade.
Ou talvez não. Pela lógica destes amigos quem está errada sou eu que me recuso a contribuir para prendinhas desnecessárias que desajudam mais do que fazem bem. Tudo isto me enerva profundamente – talvez por gostar ainda profundamente da pessoa em questão. Porque estou lá por ele. Sempre estive e sempre estarei. Mas estou lá para ajudar e mover meio mundo pela pessoa absolutamente maravilhosa que é se isso significar que a vida dele anda para frente, não para alimentar uma preguiça inata que não o deixa evoluir. Para isso não contem comigo. Nem hoje, nem nunca. Quando gosto, gosto muito. E faço tudo, mesmo que o resto do mundo não compreenda a minha maneira de gostar.
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