terça-feira, 9 de março de 2010

Mais sonhos

Enganei-me nas flores. Corri meia Lisboa à chuva para lhe levar malmequeres – que não encontrei e por isso escolhi um ramo de margaridas – e afinal a S. gosta é de girassóis. Mas não me enganei de que mais uma vez seria uma noite das nossas. De conversas, de sonhos, de angústias. De partilha de momentos felizes. E são estes que eu já não abdico e que são insubstituíveis. Ficar sentada no cadeirão dela, que já é como se fosse meu, a ouvi-la falar dos projectos. Querer muito que eles aconteçam o mais depressa possível porque apesar de não serem os meus faço um bocadinho parte deles e quero estar sempre presente. E pela primeira vez olho para dentro dos olhos dela e vejo que agora já não há volta a dar. É o que ela quer, o que precisa, a pessoa que é. Fico genuinamente feliz por isso. Por ir atrás dos sonhos e erguê-los. E sabe-me ainda melhor chegar a casa com a sensação de paz, porque durante umas horas o nosso mundo foi exactamente como devia ser. É isso que nos faz sentir vivas. Que eu estou no meu caminho e que ela está no dela, e que a nossa amizade é tudo menos um acaso. É porque sempre teve de ser. E é isso que eles os dois quereriam. Sempre. De ver as filhas a lutarem por aquilo que querem.
Ps: o que eu já me ri hoje sozinha a imaginar-me em frente da montra da Longchamp com a Ema pela mão…

1 comentário:

  1. E quando olhei para as margaridas hoje de manhã, um sorriso me veio aos labios e soube logo que apesar de tudo o meu dia ia correr bém.
    Obrigada.
    Besos...besos..

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fatias