A propósito de uma conversa ontem à noite: mas porque é que quando uma mulher está magoada com o fim de uma relação teima em agir como se nada se passasse? Não entendo. Juro que é algo que me transcende. “Ah e tal já estou na boa”, “Ah e tal não me faz confusão nenhuma vê-lo com a outra”, “Ah e tal ele liga-me e eu atendo porque coitadinho sente-se sozinho”… mimimimi. Parou! Esta filosofia da avestruz de pôr a cabeça na areia é algo que me enerva particularmente porque isso é apenas colocar problema em cima de problema.
Se não é muito mais saudável uma mulher ser honesta consigo própria? “Não, não estou bem. Adorava estar mas não estou. Não sei porque é que fui trocada por uma qualquer sem nível que tem um ar de pega ordinária. Sim estou chateada com isso, sinto-me traída e magoada e só me apetecia furar-lhe os pneus do carro e da mota e de tudo o que me aparecer à frente. Deixei de comer porque acho que a minha auto-estima anda em baixo e se emagrecer pode ser que ele olhe para mim outra vez. Atendo-lhe o telefone não porque ele se sente sozinho, mas porque eu ainda tenho aquela esperança secreta que seja ele a dizer-me que se arrependeu e que quer voltar para mim e que afinal sou eu a mulher da sua vida.” Isto é honestidade. Não é preciso ser apregoado ao mundo inteiro, mas pelo menos a um amigo faz bem dizer isto tudo. Porque é perfeitamente humano. Porque ajuda a curar feridas. Porque só quando se admite aquilo que verdadeiramente se sente é que se consegue seguir em frente. Mas isto sou só eu pensar…
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