
Ontem descobri que somos os dois apaixonados por fotografia. Que acreditamos que tem que haver respeito e concessões nas relações. Ele dorme com música de fundo, eu só consigo fechar os olhos com a claridade da noite que me entra pela janela. Explicou-me o que é a magia de pilotar um avião. Do sonho de voar um mês pelo céu dos Estados Unidos. Riu-se com as minhas aventuras entre aeroportos e com todas as histórias que o meu pai me contava de quando andava por esses céus. Tirámos fotografias ao paquete que passou por nós e às acrobacias de um arrastador à frente. Falámos de cruzeiros às Caraíbas.
Perguntou-me se não tinha o hábito de escrever compulsivamente, e confessou-me que também o faz. Para não perder os momentos únicos que se vivem. E sem saber derreteu-me por completo. Porque um homem que escreve está a meio caminho entre a realidade e o princípe encantado.
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