
e a vida que há depois disso é que descobrimos forças onde não sabíamos onde elas estavam. descobrimos que o amor pelas pessoas é mais profundo do que alguma vez pensámos. descobrimos que conseguimos virar o mundo ao contrário se for preciso. e, acima de tudo, descobrimos que muito do que antes tínhamos como um problema gravíssimo, afinal não o era, nem de perto nem de longe.
sou uma pessoa diferente hoje. muito diferente. em muitas forma que agora não vêm ao caso. mas a principal diferença em mim é que aprendi a relativizar os problemazinhos do mundo. aprendi a colocar tudo em perspectiva. a dar às coisas a real importância que têm (ou pelo menos real importância para mim, e aqui desculpem-se o egoísmo, mas só eu é os que eu amo é que me interessam). a usufruir o que a vida me traz. sem dramas escusados. sem histerias patéticas. sem parvoíces inomináveis.
não me julgo mais do que ninguém. mas julgo-me com a a infeliz sabedoria de quem pode voltar as costas a um problemazinha alheio, encolher os ombros e pensar 'se vocês soubessem o que é sofrer'. eu não escolhi passar pelo que passei. nem o meu pai. nem a minha família. e não sou vítima por isso. nenhum de nós foi. mas tornei-me insuportavelmente intransigente com as vitmizações dos outros. por isso façam-me um favor: deixem-se de dramas e pseudo-problemas e vivam, sim?! curem-se! e tratem de ser felizes. porque no final é só isso que importa nesta vida.
e rezem para que ninguém vos diga o que a mim me disseram naquele dia. porque aí sim, vos garanto, estarão mesmo perante um grande problema.
(ps: isto tudo a propósito de uma colega que está de baixa com stress de trabalho, à beira do fim do mundo, que tem tudo para ser feliz menos o próprio querer. nesta situações lamento: é melhor mesmo não falarem comigo, porque não sou compreensiva. cresçam e lutem pela vida. há quem o tenha querido fazer e já não tenha tido oportunidade para isso)
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