terça-feira, 31 de agosto de 2010

...

(sobre 'Os Íntimos', da Inês Pedrosa)

O que fazer quando se gosta de um livro que outra pessoa não gostou? Outra pessoa que nos é próxima. Que compensa a falta de profundadidade com um sentido estético apurado, mas nada mais. E quando nos bastam duas, três, dez páginas lidas, e não mais, para querermos chegar ao fim sem parar? Porque se percebe tudo o que está lá escrito e o muito mais que não está. Porque se lê naquelas linhas histórias e pedaços de pessoas de uma vida que é nossa. No mais profundo do nosso ser. Que perde a realidade ao ser confessável. Que é demasiado bruto, brutal, às vezes violento para ser contado como conversa de entretenimento.
O que fazer quando sabemos que a pergunta vai surgir? Quando as páginas começam a escassear e paira a sombra do 'então gostaste'? Mentir é sempre uma opção. Dizer a verdade também. Mas dizer a verdade dói mais. Dói mais porque é muito mais do que um sim ou um não. É um juízo de valor. É sempre um juízo de valor superior. Sim gostei. Mas também sei porque é que tu não gostaste do livrio. E não me peças para te explicar. Não chegaste lá. Não alcançaste. Sempre viveste dentro da tua redoma, a olhar para a realidade dos outros como pura ficção. E se eu te dissesse que mesmo eu, que te sou tão próxima, tenho realidades em mim que tu nunca acreditarias?
Não, não é a autora que está a passar por uma fase pseudo-intelectual. É apenas um livro que não é para ti. Porque tu lês letras. Eu consigo juntar sentidos de palavras.

(... lembro-me das conversas com ele. Quando me dizia que eras limitada. Não me chocava a realidade da confissão mas a resignação dele em não ter procurado uma pessoa à altura. Agora que a vida me aproximou mais de ti fico constrangida com estes pedaços de coisas que se passaram e se disseram. Porque não são as tuas limitações que limitam a pessoa que tu és. E eu estou a aprender isso agora.)

noites de verão (assim como ontem)


Eu ainda sou do tempo em que em noites de verão de muito calor íamos para os copos. E que fizemos ontem? Ficámos sentadas no sofá a ver fotos dos teus sobrinhos recém-nascidos. Super entusiasmadas. Isto está a ficar bonito, está... oh se não está...

queres trocar?


Estive quase para te ligar às 4h da madrugada só para confirmar que estavas a dormir e que eu era a única a ter insónias. Quase quase. Ah o que me enerva ouvir-te de manhã a dizer que dormiste lindamente enquanto eu contei carneiros, ovelhas, homens giros, as vezes que o meu vizinho de baixo ressonou, as calorias que ingeri o dia todo... e mais houvesse para contar! Não queres trocar o teu organismo com o meu? Às vezes dava-me um certo jeito.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

gosto de ti

Se tu soubesses o que eu gosto de ti não acreditavas.
Gosto muito para lá do possível, sem querer saber se devo ou não.
Raramente te digo que te adoro (que é como fazem aqueles que não têm coragem coragem de dizer que amam); digo-te sempre que gosto muito de ti.
E gosto. São sentimentos diferentes.
Gosto de tudo. Até aprendi a gostar daquilo que quando te conheci me tirava do sério e me enervava até à medula. Que me fazia chorar e desesperar. Porque aprendi a gostar de ti como tu és e não da pessoa que, em tempos, gostei que tu tivesses sido.
Gosto muito dos teus olhos. Do que mostram e do que escondem.
Gosto da tua voz. Do teu sotaque.
Gosto daquele sorriso que fazes quando sabes 'que te apanhei' a fazeres alguma. Um sorriso meio de miúdo, que fez uma asneira, mas que quer que o descubram porque tem um prazer imenso nisso.
Por estranho que pareça não tenho ciúmes 'delas'; daquelas que vão entrando e saindo da tua vida.
Tenho pena até, se queres saber. Coitadas.
Tu és mais especial que todas elas juntas. Eu sei.
Não me importo que fiques com elas 'para sempre' como nos filmes, porque sei que não estás lá.
Está lá uma parte de ti, não tu.
Gosto de gostar assim de ti e de tudo ser como é.
Como tem de ser.
Só queria que conseguisses ser mais feliz. Mesmo. Porque mereces.
Não sei se de outra forma seria diferente, mas não quero experimentar. Não suportaria perder-te se corresse mal. Tudo menos isso.
E quando dizes que sou das poucas pessoas que está à tua altura, sabemos os dois que essa verdade tem um duplo sentido. Porque é a ti que comparo 'os outros', aqueles que povoam a minha vida.
Não te procuro em ninguém, porque tu estás cá. Procuro alguém como tu, não a ti.
Percebes?
Enfim, gosto mesmo muito de ti. Só isso.
Gosto muito de ser a tua eterna amiga, meu querido L., como dizes. Faz-me sentir assim meia especial. Mesmo sendo ou não. Não é o que eu sou que importa. É o quanto tu me fazes sentir importante, no meu pequeno/grande mundo.  

hmmm... são horas de lanchar

Tenho certa (muita!) fome. Dilema existencial: será que a imaginação engorda? Hmm?

façam pela vossa felicidade, que eu faço pela minha

Não sou dada a esoterismos nem a superstições afins, mas acredito plenamente que pessoas positivas atraem pessoas positivas e que pessoas mal dispostas, de trombas, com amuos e afins só trazem é má energia. Por isso, meus queridos, amigos e conhecidos, se estiverem bem dispostos são bem vindos na minha vida, se andarem constantemente a transmitir energias negativas, de mal com a vida e tudo mais lamento informar mas não tenho paciência. Não tenho culpa dos vossos problemas, nem tão pouco os vou aturar. Chamem-me lá egoista e o que bem vos aprouver, mas se eu todos os dias acordo a fazer um esforço para ser feliz não vão ser vocês que me vão tirar isso. Esforcem-se também e não se queixem. Lamento muito, mas de momento: that's the way it is.

acordar no alentejo



Hoje acordei com saudades de abrir a janela e sentir o cheiro a calor. No campo. Lá fora. Como acordei ontem. Depois de ter dormido onde tantos anos tu dormiste. Estou cada vez mais igual a ti, em tudo o que disse que nunca o seria. Tu já sabias, eu não. Achei realmente que não. O tempo mais uma vez te deu razão.

domingo, 29 de agosto de 2010

...

Mesmo quando te digo que já não acredito, acredito sempre. A felicidade não depende disso. Mas faz parte. Não sei que lugar tens na minha vida, mas gosto muito de ti. E sei que tu também gostas muito de mim. Tu dizes-me. Transmites-me uma calma que mais ninguém é capaz. Tenho tanta coisa para te dizer, mas quando tu apareces, só a tua presença já é suficiente. És especial querido L. E tu sabes. Por isso não me leves a sério quando digo que já não acredito em amores para sempre e principes encantados. Tu sabes que eu não estou a dizer a verdade.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

just me


Depois das angústias, a calma. Depois dos medos, a paz. Depois da ansiedade, o sorriso. Depois da impetuosidade, o aproveitar a vida. Depois de anos de zanga, a ironia de dar tão pouca importância ao que de facto não a tem.

Como diz o P. 'Laisse tomber'. E não poderia dizer melhor. Porque só depois de se deixar ir o que não é de facto importante, se consegue dar importância ao que nos torna felizes. E eu deixei de me angustiar a desejar ardentemente olhar para a minha vida como queria que ela fosse - e passei a vivê-la como ela é.

pequenos/grandes 'nadas' de muita felicidade

... jantar com um grande amigo, de quem estava a morrer de saudades, e receber de presente o chapéu mais que desejado há muito tempo.
... chegar a casa e parar para ouvir o silêncio, sem vazios e tristezas. Fechar a luz do quarto, e os olhos, e adormecer a desejar ainda mais o dia de amanhã, bastando que seja tão bom como o de hoje.
... descobrir que ainda há homens que me fazem sentir uma adolescente, com borboletas na barriga, sem perguntas, dramas, questões ou o que quer que seja.
... planear uma saída das antigas, com direito a muita dança, até os pés doerem, exactamente como nos tempos de faculdade. Friday night fever.
... deixar as malas feitas, para um fim-de-semana, em família, no remanso do Alentejo, numa proximidade constante e serena daqueles que amo.

Assim tem sido e assim será. Porque é como eu quero que seja.
E depois de muitos anos enredada da teia dos quereres alheios.
Não é fácil seguirmos os nosso querer.
Mas não há nada como tentar.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

a problemática das pessoas 'mas não!'

Aquele tipo de pessoas que estão tão centradas nelas mesmas e no valor das suas opiniões que, assim que qualquer outro ser à face deste planeta acabe de lhes fazer uma sugestão, atiram logo com um 'mas não!' resoluto e decidido, sem sequer pararem para pensar, muito me têm feito rir a mim e a um colega meus nas últimas 48 horas.
É que são tão centradas na sua forma de ver o mundo que nem ouvem o que os outros dizem... e assim perdem bastantes oportunidades que, por acaso, até revertiam em seu favor. O que vale é que não me ouvem nem a mim nem a ele a rirmos, deste lado do telefone.
Oh gente 'mas não!' vocês de facto não existem. Dou mais uma vez os meus parabéns à instituição bancária portuguesa que acolhe este tipo de funcionários, tão cheios de si e da sua importância (será algum problema de tamanho mal resolvido?... Hmmm, cheira-me que sim), e lhes presta, logo nos primeiros dias, uma lavagem cerebral tão eficaz que os torna nisto que bem se vê.
Gosto tanto de interagir com vocês, oh se gosto. É porque eu tenho tendência para a justiça e equilíbrio de deveres e direitos, mas, neste caso, por vossa pura inoperância e capacidade de ver mais além, tenho saído a ganhar. Um bem haja para todos vocês.

ter ou não ter alguém (para viajar), eis a questão


Cada vez mais me apercebo que os problemas de uns tantos, se calhar são os problemas de muitos. O que não peca pela falta de lógica mas talvez por pouca coerência. E de quem é a culpa? Nossa. Com 31 anos, um emprego estável e uma situação financeira confortável (sim, eu bem sei que se não cometer excessos é assim mesmo que ela é), o meu maior problema são as férias. O que fazer nas férias? Onde ir nas férias? Portugal é demasiado pequeno e há muito mundo por conhecer. Muito mundo que quero conhecer. Que vou conhecer. Não me faltam amigos, faltam-me sim pessoas com disponibilidade (familiar e financeira) para me acompanharem. A realidade é mesmo esta: ou têm namorados e maridos e filhos e encargos que não me passam pela cabeça ou são solteiros e cheios de vontade, mas não têm dinheiro para isso.
Este dilema não é de hoje. Já se arrasta há uns bons anos, sem grandes soluções à vista. Gosto de estar sozinha, de ter os meus espaços e os meus silêncios, de apreciar os meus prazeres ao meu ritmo sem grande margem para cedências, por isso não me importo de ir sozinha. Já tem acontecido. Faz-nos bem à alma. Obriga-nos a pensar em nós. No mais íntimo de nós que por vezes se desvanece nas rotinas de todos os dias, mas que continua sempre cá, porque não se apaga. Gosto de tomar o pequeno-almoço enquanto ponho a leitura em dia, não me importo de ver museus e galerias sozinha e até agradeço não ter ninguém atrás de mim enquanto ando nas compras. Perco as fotos - as muitas onde podia estar e que acabam por se transformar em muito poucas, pedidas a quem passa - e os bons jantares em restaurantes melhores ainda - que quem me conhece sabe que A-D-O-R-O e não há nada a fazer.
Mas isto sou eu. Ou achava eu que era eu. Porque nos últimos tempos, e em conversas profundamente casuais, é exactamente o que oiço de amigos e conhecidos. 'Não viajo porque não tenho companhia'. Então espera lá: mas anda meio mundo a padecer do mesmo mal? Então porque é que esse meio mundo não se junta com o outro?
Mea culpa, admito. Não é assunto de que fale tão abertamente como isso e quem perde sou eu. Porque descobri - e mais uma vez confirmei, hoje, ao almoço - que somos alguns na mesma situação. Mais do que eu imaginava. O que tem lógica mas não deixa de ser incongruente: afinal tenho eu (e têm eles) outras pessoas com quem viajar e conhecer esse tal mundo por aí. Se calhar basta falar nisso. Dá que pensar.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

conversas entre nós (por sms)


Ele: Um beijo de muita paixão... está quieta, é paixão, mete a língua para dentro... Beijo meu doce.
Eu: Beijo de paixão é com a língua, senão não é paixão!
Ele: Ahhh, então deixa-me pensar...
Eu: Sim, não te quero cá apaixonado por mim! Só tens de me adorar mais do que tudo.
Ele: Adorar já adoro... Essa é a parte mais fácil de todas... adorar-te.
Eu: E eu gosto muito de ti!

Não há como ele para me animar, ao fim de muitas horas de trabalho, sem saber o quanto eu precisava. E sem saber, animou. Podia quebrar o ritmo incansável com tudo e mais um pouco, mas nada melhor do que com uma mensagem, a confirmar porque é que eu também o adoro muito muito. Porque é que é das pessoas mais importantes da minha vida, daquela no matter what. Até vou para casa com um sorriso mais sentido, mais aberto, mais mágico, maior ainda... continuar a trabalhar.

e veio a resposta...

"Sim, ele é gay. Mas podes sempre tentar ver se o convertes, até para mais se faz o teu género."

Oh espera lá. Parou tudo. Isto o destino tem muito que se lhe diga. Como dizem os ingleses thanks, but no thanks. Tenho vasta experiência na matéria (sobre a qual não tenho tempo para dissertar, mas prometo que um dia conto) e duas certezas na vida: não há cá pessoas prestes a serem convertidas e eu tenho pouco espírito de madre teresa nestas coisas. Já tive. Perdeu-se com a idade. Mas é pena porque o homem em questão é - digo eu e até punha a minha mãozinha no fogo em como há carradas de mulheres a acharem o mesmo - mesmo muito interessante. Next!

(pronto, isto não invalida que amanhã não esteja prontinha para outro encontro ao pequeno-almoço. olhar não tira pedaço a gays, hetero ou whatever)

à espera de uma resposta

Mas tu tens mesmo, mas assim mesmo, mesmo, a certeza que ele é gay? Já viste? Com os teus próprios olhinhos? Ou ouviste só dizer? É que eu preciso de ser esclarecida. E com urgência. É que já não bastava ele ser giro que dói - daqueles que é mesmo mesmo o meu género, assim sem tirar nem pôr - como hoje ao pequeno-almoço me deitou uns olhares que me fizeram corar dos pés à cabeça (e me deixaram com um sorriso assim meio idiota). E como se não bastasse a forma como olhou para mim ainda se levantou para ir à minha procura. Por isso responde-me urgentemente à mensagem que te enviei: tu tens mesmo a certeza?
É que se não tens podemos ter aqui um caso muito mal (ou bem, neste caso) parado.

acreditar em finais felizes

Conversa com o L.
Ele: Acreditas em casamentos para sempre?
Eu: Sim acredito. Devo ser a última tonta à face da terra a ainda acreditar nisso e nos princípes encantados, mas eu sou assim e não há nada a fazer. Não quero mudar.
Ele: Gostava muito de continuar a acreditar mas acho que já não sou capaz.

Eu sou. E serei sempre. Enquanto cá estamos a vida é para ser vivida. E quero tudo, mas mesmo tudo, a que tenho direito. Já me dizia o meu pai: não deixes nada por fazer e não percas tempo em lamechices, porque um dia poderá ser demasiado tarde. O que podemos nós fazer quando a pessoa que mais amamos na vida nos diz isto? Acreditar e seguir em frente.

(pronto, o meu pai também era o primeiro a aconselhar-me a não me casar, mas isso já é outra história...)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

lembrei-me de ti

Há uma voz de sempre

Que chama por mim
Para que eu lembre
Que a noite tem fim

Ainda procuro,
Por quem ñ esqueci
Em nome de um sonho,
Em nome de ti

Procuro à noite, um sinal de ti

Espero à noite, por quem não esqueci
Eu peço à noite, um sinal de ti
Por quem eu não esqueci

(por ti estamos diferentes. porque a tua ausência nos une. é o que fazes por nós, depois de tudo o que fizemos por ti. obrigada, pai)

apaixonei-me outra vez

A intenção era boa: eu juro que ia só - mas só! - buscar as minhas novas lentes de contacto, que me permitissem andar na rua sem bengala e cãozinho. Entrei na loja. Virei-me para o lado! E pumba, toma, apaixonei-me! Quais lentes, qual bengala, qual cão!! É que estavam a rir-se para mim de uma maneira irresitível. Tão irresistível! Experimentei-os e são lindos lindos de morrer! Passe a modéstia ficam-me lindamente. Saí da dita loja a correr: eu não posso comprar mais (!) um par de óculos escuros da Ray Ban este mês! Não posso... não posso... não... não quê?... não devo... não devia... ah pois é isso... mais ou menos isso... E logo eu que sou tão fraquinha nestas coisas. Portei-me bem, fui boa menina e eles ficaram lá. Mas estou tão apaixonada e tão suspirante aqui. O meu coraçãozinho está aqui apertado. E se eu espero até ao final da semana e quando lá chegar eles já lá não estiverem? O que é que eu faço? Fico com o coração arruinado. Em pedaços. Em cacos. Em fanicos. Apertadinho. Eu vou tentar ser boa menina. Mas não prometo nada. Just in case.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

cenas da vida de um jornal # 15

As melhores frases da reunião semanal de sexta à tarde (tenho para mim que teríamos muito mais audiência que os Gatos Fedorentos se nos filmassem a nós):

1. "Quem nunca aviou um homem num hotel que diga!"
2. "Não vou de férias porque sou uma pessoa sem vida, sem amigos e não tenho para onde ir"
3. "Tenho de te oferecer um telemóvel daqueles dos idosos, só com três teclas, para marcares o 112 quando estiveres a ter uma embolia"
4. "Eu ouvi dizer que eles iam abrir mais lojas... mas ando há 2 anos para lhes telefonar"
5. "Sei que isto é mais economia, mas eu gostava de escrever sobre o aniversário do Snoopy"

E o país lê o que esta gente, pseudo-séria, escreve... ah pois lê. Isso vos garanto eu.

donas de casa desesperadas (e muito parvas!)

Pior do que saber que uma amiga casou, já com trinta e muitos anos, com um homem que não era o da vida dela (mas foi o que se arranjou, sem grandes defeitos e contrariedades) por pressão familiar, é vê-la, poucos meses depois de casada, de nariz empinado em riste, armada em dona de casa desesperada, a criticar o casamento de outro casal, de longe muito mais apaixonado, tentando encapotar ressabiamento sob a forma de conhecimento de vida.

Eu, que sou a eterna tola que acredita em princípes encantados e casamentos para sempre, mas que também não crítica escolhas e decisões alheias porque 'cada um sabe de si' e 'deus sabe de todos', fiquei de boca aberta, siderada, a achar que ela só podia estar de facto a brincar. Pois que não estava. E eu, que ainda sou mais tonta ainda, fiquei triste por ela. Triste pela figura que estava a fazer. Triste porque não assume o que escolheu para si. Triste porque nem a própria se apercebe do ridículo que inspira nos outros.

O casamento é, já de si, um tema complicado. E quanto mais a idade passa, mais complexo se torna. Tenho para mim que, cada pessoa vive a vida que escolheu para si, e ninguém tem direito a opinar. Tenho dificuldade em perceber as pessoas que mudam quando casam - ah espera lá que agora é trezentas vezes mais importante que eu só porque usa uma aliança de ouro no dedo... pese o facto de não ter sido o homem da vida dela a colocar-lha - , que olham para os outros com comiseração e começam a achar que os solteiros são uns perdidos para a vida que deveriam ser encarcerados em masmorras e torturados dias a fim - 'se não conheces ninguém interesse é porque trabalhas demais, mas olha que não é isso que te vai trazer felicidade para sempre' - e que acham que o máximo é fazer programas sempre a dois (a meu ver absolutamente naturais, pois já que perderam a identidade própria também não têm capacidade para aprender por si mesmos, enquanto seres independentes).

Tudo isto é complicado para mim, mas pronto, vá, todos somos diferentes. Agora que olhem para a felicidade alheia, para aquelas pessoas que realmente estão apaixonadas, que querem casar, que vão casar, que importa lá se dura um ano ou a vida toda porque, no momento em que dizem 'sim', fazem-no de coração, é que me ultrapassa completamente.

Não posso nunca dizer que 'desta água não beberei', mas se um dia me casar porque achar que está na altura, com um homem que não seja o certo mas o que se arranjou, duas coisas posso garantir: que não vou desprezar os amigos que continuarem sozinhos à procura da sua felicidade e que não vou desdenhar de quem conseguiu aquilo a que a vida, eventualmente, não me tenha reservado a mim. Quem faz escolhas tem que as assumir - e desprezar os outros que fizeram opções diferentes não só é triste, como pequenino de espírito.

Já sei que haverá quem me diga que desta amiga em questão não se esperava outra coisa. Pois, eu cá esperava. É que assim como acredito em casamentos para a vida, também acredito sempre no melhor das pessoas. E não há desilusão que até agora me tenha mudado.

(Quase fui cruxificada em público por não ter ninguém, fazer o que gosto e não me deitar à cama a chorar por ter 31 anos e ser optimista com a vida, pese as pressões familiares. E não sabe ela ainda que pus um ponto final num namoro com o homem da vida dela, esse sim que não a quis, que começou precisamente do dia do seu casamento. Aí não me pregava só à tábua com pregos afiados, tirava-me primeiro o coração com uma colher. Estive quase quase a contar-lhe, mas depois achei que era melhor não.)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

De futuro



E quando eu tiver a minha princesa pirosa, que tanto quero ter, ela vem com a mãe e com a tia (e com a prima!) e aí é que vai ser bonito. Olha que quatro!

A preparar um fim-de-semana de campo e praia com a S.

Se não nos vamos matar? Não.
E morrer de tédio? Também não.
Vamo-nos portar bem? Dentro do possível.
E ela vai preparar um jantar de sábado maravilhoso? Ah pois claro.
Vamos ser razoáveis? Não temos outro remédio.
Muitas e boas conversas surgirão? Não tenho dúvidas disso.
Algumas confissões que começam com 'ainda não te contei'? Já é hábito.
E vamo-nos arrepender de não sermos mimadas? A meio da noite sim, mas é pelo melhor não sermos.
Então e depois? Vamos a Porto Côvo fazer o que já não fazemos há muito tempo.
Domingo à noite? De volta a Lisboa. Em Setembro haverá mais.



a distância é proporcional aos sentimentos?

Depende da proporcionalidade. Depende da pessoa. Depende daquilo que se sente. E daquilo que só a dita distância nos faz perceber em nós. A distância aumenta-me o amor pelas pessoas de quem gosto. E faz-me descobrir que há outras de quem dizer que 'apenas gosto' seria uma tremenda injustiça. Uma mentira.

Porque é que isto acontece não sei. Porque só damos valor ao que não temos? Nem é o caso, porque mesmo quando a distância era mais curta do que é hoje não nunca dei ninguém como adquirido. E também não perdi ninguém, apenas ficaram um pouco mais distantes. Mas a verdade é que agora parece que gosto mais e mais. Sem romancear o que nos aproxima e afasta. Sem perder a noção da realidade. Sem dourar de imaginação os momentos menos bons que se viveram. Sem nada disso, mas muito mais feliz de poder ter estas pessoas na minha vida. Porque são importantes. E ficam. E eu preciso desta estabilidade. Estou cansada ver gente a entrar e sair, como se a história de mim fosse uma viagem de comboio, com paragens intermináveis, que nunca chega ao fim da linha.

E o M. é uma dessas pessoas. Especial, como sempre será. Por ter sido quem foi. Por me ter ajudado no momento mais difícil da minha vida. E porque se está a transformar na pessoa que sempre soube que ele seria. Que ele duvidava, mas eu não. Cabo Verde é longe. Demasiado longe. Mas, simultaneamente, demasiado perto de tudo o que é bom. E se são precisos milhares de quilómetros para nos aproximarmos um pouco mais e para receber dele 'beijos carregados de saudades', assim seja. São beijos que sabem bem e me deixam muito feliz por os receber. Porque o meu 'ex preferido' é das melhores pessoas que já conheci na vida. E quanto a isso não há dúvida, seja qual for a distância.



hoje acordei

Mesmo muito bem disposta. Sem nenhum motivo especial. Só porque sim. Só porque faz bem. Muito bem mesmo!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

sobre chapéus


E ouvi assim:
"Eu não vou comprar o chapéu, estás louca?! Não tenho dinheiro nem para comer logo à noite! ... ... ... Bom, se calhar passo só na loja para o experimentar ..."

Queres que eu comente ou não? Pronto, pronto amor, não te exaltes, vamos as duas fingir que acreditamos no pai natal está bem? Se logo me apareceres com um na cabeça vou achar que foi obra e graça do divino espírito santo.

mê-do! muiiito mê-do!

Primeiro acusou-me de ser a má da fita. Depois resolveu dar a outra face e disse-me que não me guardava rancores. Entretanto tentou meter de novo conversa e, como não foi bem sucedido, apelidou-me de fria e hoje - tcharammmm! - escorraçou-me ostensivamente do facebook.

Estou em crer que as represálias são capazes de não ter acabado por aqui. Muito, muito mê-do. Ai, ai.Tremo dos pés à cabeça... de tanto rir. Há homens parvos, mas há outros que exageram. A mim só me dá para rir com tamanha cretinice.

O que será que se segue? Mata-me o gato e põe-o na panela a fever (ah espera! o gato é dele não é meu!), manda os cobradores de fraque buscarem os cds que lá deixou em minha casa ou atira-me o transformador do dvd (que teima em não me devolver) pela janela da sala?

Como dizia ontem o meu R. "A vossa relação era como pedir a um piloto de ultra-leves para dirigir um boeing, em rota de longo curso: não se pode exigir grandes tarefas a quem não tem capacidade para tal".

adoro a loiça do programa da mafalda

Sou fã do programa da Mafalda Pinto Leite. E mais fã ainda da cozinha e da loiça dela  - que acho absolutamente maravilhosa e com umas cores gulosas cheias de energia. Descobri que são das Caldas da Rainha. Já estão na wish list para pedir ao pai natal.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

as calorias, essas parvas


Isto de preparar um jantar para um amigo vidrado em Atkins, que foge dos hidratos de carbono como os vampiros da luz, e que detesta queijo é desafio para me deixar exausta ainda antes de entrar no supermercado...

noivos e engenheiros

Ele: Dás-me o teu número de telefone outra vez, que acho que o perdi...
Eu: Claro. É (...)
(o homem em questão mexe e remexe no iphone e vira-se para mim com um sorriso sacana)
Ele: Espera lá, afinal sempre tenho!
Eu: Então?!
Ele: Não está é com o teu nome. Está como Eng. qualquer coisa.
Eu: Eng?!
Ele: Pois... tenho alguns engenheiros na lista de contactos...
Eu: Muito bom! Vê lá se a tua noiva também não terá engenheiras também.
Ele: Nem digas uma coisa dessas.
Eu: Eu se fosse a ti analisava-lhe a lista de contactos antes do casamento. Just in case.

Porque é que há homens que acham que só eles é que são espertos? E porque é que passam atestados de incompetência às mulheres? E porque é que são tão básicos na forma como arrumam as amantes na agenda? Não é que eu seja amante deste, mas em tempos divertimo-nos os dois. Agora divirto-me mais a vê-lo contar, com uma crescente claustrofobia, os dias de faltam para entrar na igreja, e a ouvi-lo pregar das benesses da comunhão e das maravilhas da futura vida de casado (enquanto se deita com todo o mulherio que lhe passa à frente), e vai espumando de raiva com as cores dos convites e o lettering dos missais.

E à minha pergunta: 'Mas porque é que vais casar?', ouvi um singelo 'No fundo gosto dela'. Bem dito pois claro, eu também gosto de tostas mistas e de bolas de berlim com creme. Acho que, neste caso, vai mais ou menos dar ao mesmo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

contributo cívico à economia

Drama existencial de um grande amigo meu: "Não sei como é que dizem que o Ikea é barato! Quando lá vou nunca gasto menos de 100 euros... e só compro velas e guardanapos! Mais nada!"

Faz-me lembrar outra pessoa que eu conheço que foi tão poupadinha, mas tão poupadinha, que este fim-de-semana só comprou umas calças - que até estavam em promoção (e mais um casaco e uns botins e uns conjuntos de lingerie)...

Ou o meu rico irmão, que foi só à Fnac ver uns livros e saiu de lá com um LCD debaixo do braço...

E até eu mesma: que a semana passada também só ia comprar queijo mozzarela e saí do Corte Inglês com uns Ray Ban novinhos em folha.

E depois ainda dizem que não há crescimento económico?! Não percebo como, não percebo mesmo...


domingo, 15 de agosto de 2010

Mi guapa!

Até posso estar uma semana sem te ver. Por cá. Mas quando estás a 1700 quilómetros tenho M-U-I-T-A-S saudades tuas! Bahhh

...

Mas podes aparecer sempre que quiseres... Tu sabes... Vou ter sempre um sorriso para ti... Tu sabes.

Eras tu pai?

Ontem ao final da tarde, à sombra de um calor abrasador, daqueles que eu adoro e que tenho tido de sobra nos últimos dias...

Eu: Que estranho!
F.: O que foi?
Eu: Cheira-me tanto, mas tanto, a flores. A pétalas. Não te cheira? É quase enjoativo! Começou de repente.
F.: ... ...Pois cheira, muito, mas não sinto tanto como tu...
Eu: Não sentes?!Como é que é possível se não há vento e se nós nem sequer estamos perto de sítios com flores?
F.: ... ... Mas tu não sabes o que é que isto significa?
Eu: O que significa o quê? Cheirar a flores, como se estivesse com o nariz dentro de um frasco de perfume, sem que as haja no raio de 1 km? Não, pois não sei não.
F.: ... Significa que um deles anda por aí.
Eu: Um deles?...
F.: Ou o teu pai ou o meu irmão.
(Fiquei sem fala e sem me mexer, com sorriso meu parvo na cara.)
Eu: Bom, se por acaso és tu pai então aproveito para te dizer que gosto muito muito de ti. Mas não me faças estas coisas de repente que me assustas.
E o cheiro pura e simplesmente desapareceu. Sim desapareceu. E voltou a cheirar a calor.

Não sou de acreditar em nada. Nadinha. Sou do meu céptico que há. Espíritos. Almas. Vidas passadas. Reencarnações. Acho que são tudo produto da imaginação humana, que é por si só assombrosa, tendo em conta que ainda há uma parte do nosso cérebro totalmente desconhecida - e que, convenhamos não está cá por mero acaso.

O que me move - e tu sabes - desde que tu te foste embora é a certeza - sim, a certeza - de que um dia te volto a ver. Seja onde for. Seja de que forma for. Isso para mim tornou-se inquestionável, mas também não me tira o sono. Pode ser só crença minha para tentar atenuar a tua ausência - pois que seja, ainda bem, tem-me ajudado e muito.

Mas o cheiro a flores. Aquele cheiro. Inesperado. Vindo do nada. Sem uma explicação lógica e razoável. Ou melhor, com uma explicação de senso comum que, pelos vistos, eu era a única a desconhecer. Deixou-me a sorrir. Muito.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

...

Viver é a coisa mais rara do mundo.
A maioria das pessoas apenas existe. (Oscar Wilde)


(Tenho um pseudo-fã, com idade para ser mais que meu pai, que todas as manhãs me envia uma frasezinha para o mail. Não sei onde quer chegar com este ritual, mas não vai seguramente a lado nenhum. Pelo menos não com as intenções que lhe passam pela cabeça. Mas vou guardando algumas frases. Darão que pensar quando tiver tempo de olhar para elas decentemente. Esta foi a de hoje.)

parar para respirar

Ando a contar as horas para um fim-de-semana mais que merecido, depois de uma semana de loucos. Não era suposto o país ir para férias em Agosto? Fechar? Não se passar rigorosamente nada? No tempo do antigamente, era. Ah pois era. Dava tempo para tudo e até para contar os minutos a passar. Este ano parece que não, pelo menos aqui pelos meus lados. Feitas as contas nos últimos sete dias o mais que consegui dormir foram seis horas seguidas (Ah sua grande doida! Andas nas noitadas e depois queixas-te!) Era bom era, mas infelizmente não foi. Tirando a ida ao Clube Ferroviário tem sido trabalho e mais trabalho. E mais trabalho. E mais trabalho. A vantagem é que deixei de ter tempo para invejar o pessoal que passa o dia na praia. Pois é meus grandes queridos, é que nem tenho tempo para pensar em vocês. Amanhã logo vos trato da saúde.

(ou não, mas agora não vale a pena pensar nisso senão enfio já um xanax para não me enervar)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

tostas mistas ao almoço!

Por mais voltas que dê à vida é a ti que comparo todos os homens. Estranho? Não sei. Talvez. Não penso muito nisso. Mas comparo. Sei como és como amigo e é o sufiente para te adorar. Assim à séria. Como pessoa. Como homem. E não é o facto de nunca termos tido nada um com outro que me impede de querer encontrar para mim um homem como tu. Porque tu ainda não perdeste essa aura de príncipe encantado que os meus ex-namorados em tempos tiveram. Se bem que tu serias o último homem deste mundo em quem eu confiaria o meu coração. E tu sabes porquê. És igual a mim. Já o falámos à exaustão. Se calhar é por isso que nos damos tão bem. Não seria capaz de suportar a realidade de te ter de outra forma. Quero um homem como tu, não a ti. E só porque te quero continuar a adorar todos os dias e mais alguns. Como até hoje. Durante muito anos da minha vida. Quero continuar a comer tostas mistas contigo ao almoço, como hoje, porque tu estás sempre lá. E eu não quero que te vás embora. Nunca. Estás proibido. Até porque eu ia atrás de ti até ao fim do mundo.

domingo, 8 de agosto de 2010

hey soul sister

Nunca te canses de o procurar. Vai aparecer-te de uma forma só tua. E que só os dois vão poder partilhar. E nessa busca vais encontrar outras pessoas. Outras vidas. Outras histórias. Que um dia, quando menos esperares, encaixam na tua.
Deixa- o ir. Para ganhares a paz de o teres de volta só para ti. Não te virou costas. Nunca o faria. Não pôde escolher, lembra-te disso. Mas tu agora podes escolher tê-lo só para ti. Seja de que forma for. Só tens de a conseguir encontrar. É um caminho duro, de todos os dias. Mas essa foi a vida que nos caíu em cima: mostrar como se vence. Um dia de cada vez. Em tudo.
Fico orgulhosa de ti. Por tudo por que lutas. Porque em poucos meses descobri-te. Descobri quem não conhecia. Não antes. Fico muito orgulhosa de ti. E se eles estão juntos algures, nós também o estamos. Cá. Soul sister. Não, não são só os amigos que escolhemos. Escolhemos a família também. Porque tu já fazes parte da minha. A família é quem se ama, nada mais do que isso.

sobre um monte alentejano

Eu sei. Já sabia. Agora sei mais. Sempre soube o que querias. O que nunca me pediste. O que não foi falado porque tu já sabias a minha resposta. Sempre soubeste.
E sim. Faço-o por ti. Não sei se por mim. Por mim também porque tu estás em mim. Sempre. Cada vez mais.
A dureza do que vi bastou-me. Magoou-me. Não me fez sentir culpada. Apressou apenas uma resposta que já estava dada.
Quase que te sentia ao meu lado. À espera. A ver-me olhar para o que já foi e hoje não é. A ver-me olhar para o teu sonho a perder-se no tempo. A esvair-se.
Sim quis fugir. Quis. Tu viste. Voltei as costas. Quero vender isto e não voltar a pôr os pés nesta maldita terra que tu impuseste a todos. Mas como posso eu hoje fugir de uma imposição tua quando o que mais quero é ter-te de volta!?
Vou pegar no teu sonho como se fosse a minha vida. Porque parte dele é. E não é para mais tarde. Não é. Não abandono mais o que é teu.
Agora deixa-me arrumar tudo isto dentro de mim e falamos mais tarde. Hoje não. Amanhã não sei. Já falámos o suficiente nestes últimos dois dias. Deixa-me agora com o meu silêncio, pai.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

resumo de uma ida ao corte inglês


Pulseiras branca e preta mais que desejadas... ... pronto, como três pares não eram suficientes, trouxe mais uns óculos escuros da Ray Ban, modelo aviador, titanium... Lindos! Maravilhosos! Meus!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

et voilá o blog da C.

Descobri finalmente - depois de 350 mil tentativas no querido e amado google - o blog de uma pessoa que trabalha a menos de cinco metros de mim. De vez em quando vejo-a escrevinhar de manhã à noite, com tanto afinco e primor, que há semanas que ando com comichão de saber sobre o que tanto disserta a rapariga. E escreve e escreve e escreve e eu sem conseguir perceber o nome do blog. Et voilá. Vá, cruxifiquem-me lá por ser curiosa, mas sou. Faz parte. Defeito profissional. E agora ei-lo inteirinho à minha frente. Até fui buscar uma torrada e um mega café para dedicar a minha hora do lanche a lê-lo de fio a pavio - às escondidas dela, pois claro. Que sabe sempre melhor ler os outros sem eles o saberem. Do not disturb, please.

finalmente descobri-as (e já vou entrar em despesas, pois vou!)

Ando apaixonada por estas pulseiras há semanas. São lindas! Descobri hoje a bendita marca e logo vou ao Corte Inglès buscar umas para mim. Oh se vou!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

férias


Ainda em zen depois de umas férias maravilhosas. Houve presenças e ausências. Muitas memórias antigas, daquelas que se julgavam esquecidas. Mas uma enorme força de vontade de todos para o barco seguir em frente. E seguiu. E seguiu muito bem. Com sorrisos e gargalhadas. E paz e muito descanso. Estiveste sempre conosco, numa ausência do presente que se misturava com as presenças do passado. Descobri que a minha memória fotográfica de criança continua espantosamente intacta. E tu estiveste sempre lá. A transmitir uma paz imensa. Nas primeiras férias de família sem ti foi a tua lembrança que nos uniu. Sem que tivessemos que o dizer. Sentimo-lo. Obrigada pai.