Escrever-te cartas.
Eu ainda sou do antigamente. Do papel, das canetas, dos selos, dos envelopes. De leres o que digo na minha caligrafia. Porque as letras são uma parte de mim nas minhas palavras, nas minhas linhas, nas minhas frases. As primeiras saíram a custo. Só consigo ser eu se não pensar. Ontem à noite, estava em casa sozinha, com o meu copo de vinho tinto, o meu jazz, uma folha em branco e um mundo cá dentro para te dizer. Tu estavas dentro de um avião, certamente a dormir, como disseste que ias fazer. Quando me abstrai do resto foi fácil falar contigo. Terminei a carta antes de teres chegado ao destino. Cheguei lá primeiro que tu. Pelo menos no meu coração cheguei.
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