Começo a não ter saúde para estas cowboyadas. O coração bate-me depressa e qualquer dia isto corre mal. E de quem é a culpa? Minha. Quem é que me mandou querer ficar com a área de mercados financeiros neste jornal? Quem? Hmm? Deveria ser bravamente fustigada por isso. O que vale é que felizmente todos os meus stresses têm tido finais felizes - e o de hoje foi mais um.
Então o panorama era este às 11h da manhã: "Tens 24 horas para conseguir convencer o analista chefe de uma reputada instituição financeira portuguesa, que não morre nada de amores pela imprensa, que te ajude no que ele sempre disse que era impossível: fazer previsões em bolsa para os próximos seis meses."
Fiquei verde, azul, às bolas. Vocês querem o quê?! Têm noção que vou ouvir um berro do outro lado do telefone mesmo sem ter acabado de falar?! Regra nº 1 de qualquer analista de bolsa: não se faz previsões a seis meses e muito menos à imprensa! Vou imprimir esta frase num autocolante e distribuir por todos quando me chamam com estes pedidos de última hora. Perante a hipótese de ser cruxificada pelo analista ou ser cruxificada pelos chefes por não o ter conseguido, lá fui eu rastejar ao telemóvel. Do outro lado: "Hmm, não sei, pois não sei, o que me pede é complicado, o seu timming é apertado, não sei se tenho tempo, não sei se o meu gato deixa, se calhar o periquito não está de acordo e o caraças, etc e que tal. Deixe-me pensar que já lhe ligo."
Moral da história: depois 3 horas de stress em que até com o telemóvel fui fazer xixi disse-me que sim. Saíram-me 30 kgs de cima e até dei beijinhos à pseudo-intelectual de esquerda. Safa!
Sem comentários:
Enviar um comentário
fatias