Ontem disseste-me verdades que me doeram. Mas ainda bem que as disseste. Tinhas toda a razão no que me disseste. Não é porque nos últimos anos me cruzei com a maior cambada de mentirosos à face da terra que posso julgar todas as pessoas deste planeta pela mesma bitola. Disseste-me que te sentias posto à prova. Constantemente. Que aceitavas muita coisa, menos que eu duvidasse da tua palavra. Fiquei muda e queda a dar-te razão. Transformei-me numa pessoa que não sou e julguei-te com uma impetulância que não merecias.
Mas tocaste no fundo do problema. Eu deixei de acreditar nas pessoas. E isso atormenta-me. Há tanto tempo que oiço e vejo esquemas e mentiras pelos que me rodeiam que perdi a capacidade de pura e simplesmente acreditar. De achar que há pessoas que não acordam a pensar em mentir aos outros e a inventar subterfúgios e balelas. Que acordam simplesmente para viver e serem felizes. Que são capazes de ser directas sem problemas.
Prometi-te que acreditava em ti. E acredita que vou cumprir. Vou voltar ao que era antes. Acreditar, até prova em contrário. Não só por ti. É sobretudo por mim. Porque ser assim me fará uma pessoa mais calma. E muito mais feliz.
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