Em pânico depois de umas das conversas mais dificéis da minha vida. Em que disse o que nunca tinha dito antes. Em que deitei para as fora as palavras que nunca te disse. E tudo o que penso. E sinto. E senti. E tudo o que quero mudar. Tudo o que me deixa desconfortável em mim. E, depois de tudo, tenho medo.
Não tenho medo de voltar a falar. De voltar a mostrar-te. Tenho medo pelo tempo que perdi em ti a esconder-te a pessoa que eu sou. Sempre atrás de muros e barreiras. Sempre com as defesas em riste. Estou cansada de ser assim. E tu, que devias ser das pessoas a quem eu mais deveria mostrar, foste aquela a quem menos revelei. Por medo de não saber fazer certo. Por vontade de te agradar. E, quanto mais se tenta, menos se consegue.
Como se faz daqui em diante, não sei. Mas vou tentar. Não outra vez, acho que pela primeira vez. Com calma, já sei.
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