terça-feira, 1 de junho de 2010

cenas da vida de um jornal - episódio 7

C: sabes I., tenho uma casa nova. em campo de ourique.
I: hmmmmm muito bem. e então vais morar sozinha ou com companhia?
(a C. fica com um risinho nervoso)
C: sozinha. pois então sozinha. claro sozinha.
(a I. finge que fez a pergunta de forma inocente)
I: pois claro, mas podia ser de outra maneira. não sei. ainda bem que vais para campo de ourique assim tens vida de bairro e pãozinho quente de manhã.
C: pois vai ser giro...
I: mas olha, arranja mas é um homem que te vá comprar o pãozinho e to leve à cama.
C: homens?! ah já não tenho tenho esperanças, já não estou à espera de nada.
I: não? mas olha que tu às vezes vens tão à matadora que já pensei para comigo 'aquela rapariga deve ser fonte de grandes problemas'...
C: eu à matadora?!
I: sim à matadora! hoje por acaso não estás decotada, mas costumas. até já pensei que eu com 45 anos tenho é de aprender com as frescotas.

resolvi interir (e porque é que eu não fiquei calada?!): oh C., com 25 anos e a dizeres que já não esperas nada dos homens... então miúda? às vezes o princípe encantado anda aí, nós é que não o vemos.

berram as duas para mim em coro, que se ouviu no edifício inteiro: tu cala-te que nós já percebemos em que onda é que tu estás!!!

hmmm.. pronto, calei-me.

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