terça-feira, 1 de junho de 2010

não, eu não gosto de ti como tu gostas de mim

se há pessoa que respeita os sentimentos dos outros sou eu. ou pelo menos tento. porque acho que isso de gostarmos de alguém ou outra pessoa gostar de nós uma coisa mesmo muito bonita. e rara. e preciosa. (e por isso mesmo sempre me fez muita confusão aquela história dos adolescentes com risinhos parvos quando descobriam que uma rapariga gostava de um rapaz  - ou vice-versa - como se isso fosse uma piada qualquer e não se tratassem de sentimentos das pessoas).
já gostei de pessoas que gostaram de mim. já gostei de pessoas que não gostavam de mim. e já gostaram de mim sem eu gostar. das três, a terceira é para mim a mais complicada. porque não gosto de atirar com a minha felicidade à cara dos outros. tenho um cuidado extra. mas se calhar sou tonta. muito tonta. se calhar deveria ligar menos (acho que as pessoas de quem eu gostava e que não gostavam de mim nunca tiveram este cuidado extra).
aliás, deveria ligar muito menos. como ficou provado há uns dias, com um homem que foi tão bruto e inconveniente que só me apeteceu gritar-lhe: 'se estás a descarregar em mim o eu não gostar de ti da mesma maneira, é bom que páres. porque estou a dez segundos de me levantar e ficas a tomar café sozinho. estás ma na vida? problema teu. aliás, para que é que me perguntaste se queria tomar café contigo?!'
não percebo. não gosto. não aceito. andava eu cheia de vintes e trintas, com pinças e pezinhos de lã para o menino não se magoar. e recebo isto em troca? acabou-se. a minha paciência esgotou. ridícula fui eu. se te tratasse como quem não gostava de mim me tratou tinha feito melhor figura. muito melhor figura.
andei uns dias a pensar nisso e por isso agora lamento: sim estou mesmo muito feliz com outra pessoa. e tu, parece-me que és capaz de ter perdido uma amiga. não pelo que disseste, mas pela forma ridícula como me trataste. isso é que não admito.

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