quarta-feira, 2 de junho de 2010

cenas da vida de um jornal - episódio 8

se eu tivesse a mania da perseguição diria que há uma comunidade de taxistas fortemente empenhada em dar comigo em louca (não é preciso amigos, para lá caminho a passos largos sem a vossa ajudinha): pois que hoje ia sendo raptada por taxista moldavo (ou russo, ou ucraniano, ou qualquer coisa a atirar para a máfia de leste). isso mesmo! estava eu posta em sossego, acabada de sair de uma entrevista, à espera do táxi que tinha chamado a crédito quando se abeira de mim o dito taxista/raptor.
eu - o senhor foi chamado crédito?
taxista - mgfdwjgwye... sim
lá entrei na viatura, mas como ele parecia suspeito voltei a insistir:
eu - desculpe, mas o senhor foi mesmo chamado a crédito?
taxista - mfhifwbdfuifbwiefuyh
eu - desculpe não percebi o que disse...
taxista - majyjhbteybgedwiel
eu - já me está a enervar!! foi chamado a crédito ou não?!
taxista - não... mas agora já está dentro do meu táxi e levo-a!
e arrancou! à filme, abro a porta, numa gritaria, com o táxi em andamento:
eu - ou o senhor para imediatamente ou vamos os dois já para a esquadra da polícia!! olha que o SEF é mesmo ali ao fundo da rua e ainda arranja problemas!!
parou a contra-gosto e saltei de lá em fúria...

mas isto será normal?!

dez minutos mais tarde apareceu o taxista correcto. que perante o meu olhar homicida resolveu que o silêncio era de facto a melhor opção.

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