Hei-de morrer e continuar a baralhar as capitais dos Países Nórdicos. Não há nada a fazer... É uma doença crónica. Já experimentei com medicação e não resultou. Tenho dito.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
sabem o que são cinoblocos?
Sabem? Eu sei! São as peças de borracha que impedem que a trepidação das peças de um carro, estilo transmissão e afins, passe para o próprio carro. Ah pois é! Sei isto e muito mais. Transmissões, volantes de motor, discos de embraiagem... Isso é tudo pão com manteiga para mim agora! Ou não tivesse eu passado três horas numa oficina para me mudarem os pneus do carro.
Desconfio que a lição gratuita de mecânica se ficou a dever ao tamanho mini da minha saia e aos meus saltos altos... Mas esqueci me que o meu dia hoje passava por oficinas e, quando dei por isso, era tarde demais. Azar dos azares (deles, não meu)? Eu ADORO carros e quanto mais me ensinarem melhor.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
eat, pray, love 2
E abro o livro e olho para a data que escrevi - que escrevo sempre que começo a ler um livro novo: Novembro de 2010. Quase um ano... Um ano em que fui a África atrás de um grande amor que afinal se revelou a pessoa que eu menos conhecia, com várias caras e nenhuma delas agradável. Um ano em que conheci um homem interessante, aparentemente normal, que me confessou de rompante que era bipolar. Um ano em que conheci aquele por quem me apaixonei, que quase me levou à loucura, mas que agora estou calmamente a tentar arrumar na gaveta do passado. Tanto... E só de olhar para uma data.
eat, pray, love
Vi o filme, e achei engraçado. Depois li o livro, e achei banal. Não me tocou, não senti nada. Hoje, decidida a recuperar outra vez o à vontade de estar sozinha comigo mesma na minha casa, sem me sentir no fim do mundo, foi a primeira coisa que me ocorreu assim que abri a porta. Ler outra vez o livro da Elizabeth Gilbert. E o serão assim será, com a chuvada que cai lá fora, estendida no meio de almofadas, à espera que me venham entregar uma pizza. So far, so good.
reunião de redacção
Jornalista A: Esta semana sem falta tenho de escrever sobre o bicho da batata. É absolutamente fundamental e o país tem de saber disto!
Jornalista B: Não pode ser. Isso só se escreve daqui a dois anos.
Jornalista A: Dois anos?! Porquê?
Jornalista B: Porque o director disse a semana passada que não quer, que está farto desse tema. Que só queria voltar a ouvir falar sobre isso daqui a dois anos.
Jornalista A: Então esta é a semana ideal para escrever sobre isso sem problemas.
Jornalista B: Porquê?!
Jornalista A: O director está de férias!!
É o que eu digo: se os Gatos Fedorentos nos conhecessem ganhavam muito mais audiência do que já têm!
sentimentos do dia?
Paz. Alívio. Nos últimos dias fiz o que tinha de ser feito. Confessei o que antes só guardava para mim. Expus me e não deixei nada por dizer. Era isso que me matava por dentro. A lição de vida que aprendi foi a não mais calar durante tanto tempo o que penso que deva ser dito. Confessei. Disse gosto de ti, com medo, mas sem receios de o dizer. E agora chegou a hora de seguir em frente. Uma não resposta é uma resposta em si. Era a que eu precisava. Finalmente. Paz de espírito.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
a menina faz o quê?!
Conversa entre amigos...
A: Olha lá, a tua amiga tem uma gémea?
B: Qual amiga?
A: Aquela que anda contigo de mota e que na semana passada esteve connosco a beber copos nas docas...
B: Não, não tem nenhuma gémea, porquê?!
A: Porque no dia a seguir liguei a televisão e estava uma rapariga igual a ela, muito bem vestida, a falar de assuntos sérios na SIC!
B: Pois, normal. É ela.
A: É?! Não pode!
B: Não pode porquê? Quem aparece na televisão a falar de assuntos sérios não pode andar de mota?
A: Hmmm... poder pode, mas que é muito estranho é.
Conclusão: A amiga em questão sou eu. E fiquei a saber que, lá porque falo de 'assuntos sérios' na televisão estou votada a uma vida cinzenta e monótona. E ainda o outro não descobriu que, por baixo do pseudo cândido, estão algumas tatuagens. Certamente que acharia que o fim do mundo se aproxima.
em modo zen (antes de o mandar para a mãezinha dele!)
Pior que um homem com gripe, a achar que está a morrer, com uma má disposição do pior... é ainda começar a reclamar porque eu não lhe ligo nenhuma e porque hoje não lhe perguntei como se sentia - coisa que fiz insistentemente nos últimos dois dias, tendo-me até disponibilizado para ir lhe fazer canja e dar-lhe mimos de enfermeira. Zeeeeennnnn.... muito zen!
saga do pc morto
Nunca eu imaginei contar com tanta prestabilidade de tanto lado para me arranjarem um computador portátil (que pronto, também não vinha mal nenhum ao mundo se não tivesse arranjo). Parece que afinal foi apenas a memória que se soltou. Aguardemos.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
conversa com o meu irmão
Eu: Não vais acreditar! Acho que o meu computador avariou!
Mano querido: Avariou como?
Eu: Vê lá tu que liga, mas apita se por todos os lados e o ecrã está morto!
Mano querido: Traz me o computador que eu vejo o que se passa! Isso tem arranjo.
Eu: Hmmm.... Ok.... Mas vê lá se te der assim muito muito trabalho.... Pronto.... Deixa estar...
Mano querido: silêncio silêncio e mais silêncio
Eu: O que foi? Sabes que o HP já tem cinco anos, já está velhote coitado, de tanto uso que lhe dou....
Mano querido: É impressão minha ou tu estás a arranjar desculpas para ir comprar outro Mac?!?!
Eh pah mas eu sou assim tão óbvia, hmmm? Por acaso ando a namorar um macbook air ando, mas juro que não avariei o pc de propósito!
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
muito agradecida, sim!
Mau! Que nós chateamo-nos e o namoro acaba! Então o mundo acaba hoje e ninguém me disse?! E que horas é? É que se acaba hoje escusava eu de me ter levantado de madrugada para ir fazer bonito para a televisão. São indecentes vocês todos, é o que vos digo! Hão-de ter muitos amigos assim.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
e depois da anestesia
Pronto e agora só me apetece chorar de nervos. Que ontem à noite aguentei me como uma 'menina grande' a ouvir tudo o que ouvi. A dizer tudo o que sentia. Sem filtros por estar completamente anestesiada. Surpreendi me a mim. E surpreendi o a ele. Porque consegui ser quem sou. Mostrar quem sou. Mas agora que o efeito anestesia passa... Dasss caralho dasss merda (e o blog é meu e digo as asneiras que quiser!) que isto custa. E as putas das lágrimas escorrem sem eu querer. Mas fazem me sentir bem. Dasss que há conversas que custam mais do que se me batessem. Fosse ainda eu fumadora e era um maço de seguida assim só para acalmar os nervos.
sabes uma coisa pai?
Estou cansada de ter um feitio igual ao teu. Não dá. Não me deixa feliz. Continuo a amar-te, como sempre, incondicionalmente mas, a partir de hoje, o meu esforço para não ser igual a ti, será redobrado. Não por ti, por mim.
depois da conversa de ontem, no teu sofá
Em pânico depois de umas das conversas mais dificéis da minha vida. Em que disse o que nunca tinha dito antes. Em que deitei para as fora as palavras que nunca te disse. E tudo o que penso. E sinto. E senti. E tudo o que quero mudar. Tudo o que me deixa desconfortável em mim. E, depois de tudo, tenho medo.
Não tenho medo de voltar a falar. De voltar a mostrar-te. Tenho medo pelo tempo que perdi em ti a esconder-te a pessoa que eu sou. Sempre atrás de muros e barreiras. Sempre com as defesas em riste. Estou cansada de ser assim. E tu, que devias ser das pessoas a quem eu mais deveria mostrar, foste aquela a quem menos revelei. Por medo de não saber fazer certo. Por vontade de te agradar. E, quanto mais se tenta, menos se consegue.
Como se faz daqui em diante, não sei. Mas vou tentar. Não outra vez, acho que pela primeira vez. Com calma, já sei.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
sushi?
Dassss mais eu e a minha mania me meter em encrencas, de ir complicar a vidinha fácil. Vai-te meter na boca do lobo menina, vai lá. Já sabes que te vais queimar. Dasss, dasss, dasss. Nunca fizeram um convite a alguém e, quando caíram 'na real', tiveram um ataque de pânico e uma vontade enorme de dizer 'Deixa lá isso, foi um devaneio meu, vai lá a casa da avó comer a sopa e jantamos os dois outro dia, ou outra década, ou outro século? Não tiveram? Não tenham. É sinal que estão a ficar como eu. Dasss, dasss, dasss. O que vale é que os nervos me dão para rir que nem uma descontrolada por isso isto hoje só pode correr bem.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
new beginings
Há alturas em que é preciso começar de novo. Deitar para trás das costas o passado e olhar só para a frente. Uma dessas alturas está, lentamente, a aproximar-se do meu futuro. Eu sei que muitos não vão entender. Mas é o que me faz sentido. Ir, sem bilhete de regresso. Para outras oportunidades. E, esta noite, muito do que se passará no futuro vai ficar decidido, em conversa com uma grande amiga.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
não dá
Que parte do não dá nem para conversarmos é que nós (tu e eu) ainda não percebemos? Não dá. Nem para ser amigos. Conhecidos. Não dá para nada. Por mil e uma razões. Não dá porque acaba sempre mal depois de parecer bem. Não dá nem para conversa de circunstância. Por isso pára de me mandar mensagens (simpáticas), que eu páro de te responder (na boa). Ok? Para as pessoas não acharem que nós somos loucos (hmm somos?... ninguém diria!) Até podemos ser pessoas 'normais', em separado, a proximidade altera-nos a química. Tu sabes. Eu sei. Vou repetir: não dá.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
oi?
Quando é que tu sabes que a loucura se está a transformar num vírus que pode ser perigosamente inalado por qualquer um? Quando ouves a tua colega da frente contar ao 35º amigo ao telefone que na noite passada sonhou com o primeiro-ministro.
Mê-do. Muito mê-do...
austrália, canadá, estados unidos e brasil
Há dias e dias. E hoje é um daqueles dias em que o espanto dá lugar ao silêncio, dá lugar à impotência, dá lugar ao encolher de ombros e, em alguns casos, dá mesmo lugar a umas gargalhadas de sabor amargo porque afinal de contas não há nada que possamos fazer para alterar o rumo dos acontecimentos, mesmo que estejamos no centro deles. O país está mal, no geral, a realidade que nos toca está mal, em particular.
O futuro não pertence muito bem a ninguém. Nem ninguém quer saber muito dele. O que esvazia de sentido o que eu faço todos os dias. O que os jornalistas é suposto fazerem todos os dias. Estamos todos cansados de dar más notícias. Umas atrás das outras. E quando o jornalista se mistura com o cidadão é confuso demais para conseguir que a realidade que é suposto revelarmos aos outros é precisamente aquela que bate à nossa porta. É um jogo um bocadinho demente e com o seu quê de esquizofrénico.
No meio do caos todos nós temos as nossas soluções individuais. Mesmo que silenciosas. Todos nós temos aquela porta secreta para o País das Maravilhas da Alice, que por vezes nem confessamos porque sabemos que os outros as vão considerar tolas e sem o seu devido valor - que é serem a nossa tábua de salvação pessoal.
Mas, quando quatro jornalistas se sentam à conversa e uma suspira, ainda que a medo: "Se o azar me bater à porta, faço as malas e mudo de país. Até já escolhi para onde vou..." e as outras três, ao invés de acharem louca, confessam exactamente o mesmo, apenas com destinos diferentes... dá que pensar da crença de uma geração no futuro do país. Mais concretamente no seu futuro neste país.
meu e só meu até ao fim
Confesso que estou AB-SO-LU-TA-MEN-TE MA-RA-VI-LHA-DA! Não o vou voltar a largar em hora alguma. É ainda mais viciante que o iPhone. Uma ponte para tudo o que se quiser do mundo. E, em apenas duas semanas, conseguiu que eu começasse a quebrar um dos meus dogmas de sempre: só ler revistas e livros em papel. iAddict me confesso!
keep calm... and forget
Ontem à noite, na meia-hora que distou entre sair do jornal e me voltar a ligar ao mundo, em casa, o primeiro-ministro conseguiu anunciar ao país mais aumentos de impostos e o fim dos subsídios de férias e natal para a função pública até 2013, entre muitas outras medidas que - como já li esta manhã - não são de austeridade, mas de amputação. Em tempos houve em classe média; tempos virão em que dela apenas rezará a história.
Inspira, expira. Na impossibilidade de fazer a malas e apanhar o primeiro avião com um bilhete só de ida (pelo menos por agora) para outro país... valha-me um fim-de-semana fora, no Alentejo profundo, para esquecer durante umas horas que este Portugal (infelizmente) existe.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
dramas e dramas
E, no meio de tudo isto, ontem fiquei COM A PORTA DO FRIGORÍFICO NA MÃO! Isso mesmo! Quis tirar um iogurte... e a porta do frigorífico caiu. Nestas alturas, sorte é que me dá para rir que nem uma aluada.
(Isto sim é um drama verdadeiramente importante na minha vida... ahahah)
nada acontece por acaso?
Isto hoje tem que ser com muita calma, antes que eu vire esquizofrénica de vez. Vamos lá por partes: eu tenho muitas coisas que muita gente não tem. E vice-versa. Há pessoas que têm coisas muito preciosas que eu há anos que já teria, se pudesse pagar para isso. Nomeadamente uma relação estável com alguém. Tenho as minhas doses de loucura - como todas as pessoas - mas também me tenho cruzado com homens muito mais loucos que eu. Não é complexo da vítima, nem a mania da perseguição, provavelmente (e o mais certo) é eles não aparecerem por obra do destino e ser eu, inconscientemente, a escolher um padrão de homem que, conscientemente, às vezes me deixa à beira da loucura. Até aqui tudo certo. Já admito. Já assimilo. Já ando a tentar mudar.
Agora decidi que chega. Estou exausta. Cansada disto. A vida não se resume aos outros, mas ao que nós queremos fazer dela. E eu quero fazer da minha muito mais do que tenho feito nos últimos 10 meses, em que tive uma relação - ou uma 'não relação' que era uma relação muito mais intensa do que isso - com uma pessoa. O limite ultrapassou-se muitas vezes, aconteceu muito que nunca deveria ter acontecido. Paciência. Agora não sou de me deitar ao mar a chorar, nem de questionar porquês que não mudam, mas de deitar tudo para trás das costas e nadar para a frente com uma convicção: não quero ninguém. Não dá. Não aguento. Neste momento não quero relações. Quero paz. Harmonia. Estar bem comigo. Um conjunto de frases feitas que eu preciso.
Então porque é que, 10 minutos depois de eu ter ponto um ponto final na 'não relação', recebo um email de um pretendente antigo (com uma dose de loucura muito mais agravada do que a deste), de quem eu não ouvia falar há meses?! Porquê?! Que língua é que eu falo que o Universo não ouviu? Vamos lá repetir para ver se nos entendemos: se é para me mandares mais loucos, deixa-me estar sozinha, vale?! A gerência agradece! Safa...
terra aos mortos
Das milhentas vezes que te gritei 'acabou', ambos voltámos atrás. Umas vezes tu, outras eu. Até ter descoberto hoje, segunda-feira, 10 de outubro, o traste que és. Somos de facto diferentes. Em tudo. O que eu soube hoje só mudou uma coisa: já eras. Só que agora não levas aviso. Deixaste de me apanhar só pela cama. Porque até o teu número apaguei (e não, ao contrário de todas as outras mulheres do mundo, eu nunca decorei o teu telefone). Ainda bem que nada acontece por acaso. O que aconteceu a semana passada tinha de acontecer. O que eu soube hoje, tinha de ser hoje. Só de uma coisa me orgulho: de todas as vezes que me acusaste de ser doida, hoje tive a confirmação de que sempre estive certa. Tu és de facto o maior mentiroso, dissimulado à face da terra. Nem sete palmos de terra em cima te tornarão mais morto do que a partir de hoje estás.
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
como é que isto dura há 10 meses?
Não sei. Mas o que tem de bom, tem de mau. E eu estou outra vez com o coração a doer. Por culpa minha.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
jet lag? not at all!
Back! Com a cabeça cheia de tudo e muito mais do que vi e absorvi. Com o coração apertado de saudades de algumas pessoas de cá. Com muitas horas voo e demasiada aventura à mistura. Com uma enorme surpresa à minha espera, no aeroporto, no regresso. E com a certeza de que eu posso não viver sem ti, mas tu também não vives sem mim (e a factura de roaming comprova).
Foram 'AS' férias! Deu para tudo e mais um pouco.
Segue-se um diário de viagem dentro em breve (amanhã!)... agora vou desfazer a mala, que andou perdida pelos Estados Unidos, mas que regressou sã e salva a Lisboa.
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