sexta-feira, 30 de abril de 2010

Meia história para aqui, meia história para ali. Todos nós somos assim. Eu também sou assim. Só conto o que quero, a quem quero e quando quero. E não admito que me possam cobrar mais do que isso. Mas quando conto a minha meia história atento nas palavras e no alcance delas. Só disse ali metade, que não quero fazer passar como um todo. Porque correria o risco de distorcer por completo a verdade dos factos. Pelo menos a minha verdade - ou a meia-verdade que estou a dizer. Porque há sempre a verdade do outro lado. Não digo o que não acho que seja relevante, desde que esta suposição de relevância não altere o sentido do que se passou. Porque se alterar, ou conto tudo ou mais vale estar calada.
Isto tudo para dizer que nos últimos tempos me tenho dedicado a juntar as meias histórias que me vão contando. Chego a duas conclusões: nem a história junta por vezes é a soma das duas metades e nem sempre percebo o alcance de cada uma delas, quanto mais da totalidade.
Enquanto pessoa curiosa que sou acho fascinante a capacidade humana de ver o mesmo acontecimento de vários ângulos. Porque dizemos muito de nós com aquilo que não contamos do que com o que nos sai boca fora.

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