segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

repete, please


Não há melhor música para os meus ouvidos do que ouvi-lo a dizer que me acha muito magrinha e que tenho que engordar.

from india with love


Ele: Pronto, tenho de confessar que já tinha um bocadinho de saudades tuas.
Ela: Um bocadinho?
Ele: Sim, um bocadinho.
Ela: Eu também tinha um bocadinho, confesso.
Ele: Sabes o que é que vai acontecer?
Ela: Não.
Ele: Vens morar comigo para Doha.
Ela: Para Doha?
Ele: Sim, vou ficar responsável pela unidade de negócios do Médio Oriente e tu vens comigo.
Ela: Combinado

à incansável I.



Nós já sabemos que amigos para as ocasiões boas todos temos. De sobra. Agora, aquelas pessoas que nas horas menos boas (de neura, de ansiedade, de stress, de angústia, de acharmos que o mundo já acabou e que só nos resta esperar o fim, mesmo que assim não seja...) se levantam da cama de madrugada só para nos ouvirem e nos irem darem a mão e nos dizerem que estamos mesmo a exagerar e que não é nada assim, essas de facto são muito poucas. E no turbilhão das últimas 48 horas houve duas pessoas absolutamente incansáveis que me ouviram os receios, me acalmaram, me mostraram que a vida é muito mais do que a estrada curta que os meus momentos de maior neura me deixa ver. Tudo o que estas duas pessoas - a I. e o L. - fizeram teve claro um efeito perverso: aperceber-me de tudo o que outras pessoas não fizeram. Mas como diz o L.: das intenções não reza a história, só mesmo dos actos. E daquilo que ganhamos.

32 anos


Happy birthday to me!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

agora já sei


Sim. Sim. Sim. É caso para gritar de felicidade. Mesmo. Thank God, Universe, Life, Budha... whatever. O futuro não sei como será, mas o que eu mais queria que acontecesse, aconteceu. Agora somos só nós os dois e mais ninguém na equação.

ainda não sei



Ainda não consegui perceber se é caso para gritar de felicidade e atirar foguetes, ou se o melhor mesmo é enfiar três xanax de seguida e fazer de conta que não é nada comigo... As últimas horas não foram suficientemente esclarecedoras e ainda não me decidi. A minha vida era tão mais fácil se eu fosse bibliotecária, usasse óculos com lentes fundo de garrafa, e passasse o dia a fazer arquivo. Ah se era!
(Depois explico, agora não...)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

marchesa heels


JUST LOVE THEM!

necessidade básica


... i need to breathe away from you (right now). I'm really sorry, but i do.

phone call from india


O telemóvel toca.
Eu: Olá! Estás bom? Muitos parabéns!
Ele: É incrível como tenho que ser eu a ligar-te para me dares os parabéns...
Eu: Não digas isso. Ia ligar-te mais logo, com mais calma.
Ele: Mais logo já 'passou'. Pelo menos aqui onde estou.
Eu: Tu estás na Índia, certo?
Ele: Sim, Nova Deli. E tinhas de me dar os parabéns.
Eu: Vê lá se voltas, que já tenho saudades de falar contigo.
Ele: Estou quase querida.
Eu: Oh meu amor, aqui estou eu à espera.
Ele: Só já faltam três semanas...

Não sei várias coisas. Não sei porque é que ele me liga, da Índia. Não sei porque é que eu dar-lhe os parabéns poderia eventualmente fazer a diferença. Não sei porque é que fico contente com estes nossos diálogos. Não sei porque é que mantemos estas conversas. Não sei onde é que isto vai parar. Mas gosto. 

um dia depois do outro


Tu sabes que é sempre a ti que eu volto quando me sinto perdida.
Nem preciso chamar-te. Estás lá. Sempre.
Como sempre.
E em tudo o que passámos juntos encontro (sempre!) a melhor forma de avançar.
De ultrapassar barreiras. Obstáculos.
De relaxar. De usufruir da vida.
De não a viver por ti, mas por mim, com os teus ensinamentos.
Quando volto um pouco à dor que passámos, minimizo qualquer mal-estar do presente.
Nada foi mais doloroso, mais cruel, mais real, mais chocante do que ver-te a desvanecer, de dia para dia.
E isso faz-me sorrir ao presente.
Nada é dor, comparado com a dor que passámos juntos.
E é desta forma enviesada, nem sempre perceptível, que continuas a ajudar-me, como sempre.
É pela tua lembrança que avanço. Por ela que sorrio. Por ela que, depois de dois dias para esquecer, hoje acordei como sempre: com vontade de ser ainda mais feliz.
E de não estragar essa felicidade.
Que seria eu sem ti pai?

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

gestão da ansiedade



Há coisas que doem. Não deviam doer, mas doem. Mas é só no primeiro e no segundo dia. Porque depois deixam de doer. Tudo deixa de doer. Se até a dor de perder quem eu mais amei no mundo se atenuou, como se se escondesse de mim, deixando alguns rasgos de felicidade, isto também vai deixar de doer. Eu só tenho de encontrar a fórmula. E neste momento ainda estou demasiado obcecada com a ansiedade idiota que se instalou dentro do meu cérebro e das minhas veias para conseguir ver com clareza e recuperar o ritmo normal da respiração. E da vida. Lembras-te daquele limite que te disse que não te deixava ultrapassares? Estás a chegar lá a passos largos. Agora deixou de estar nas tuas mãos. Está nas minhas a gestão do que se passa dentro de mim.

recado (para uma pessoa bem identificada)



Eu não sou stressada. Nem tenho a mania ou qualquer pretensão a ser o centro da vida de outra pessoa, que não eu mesma. Lido mal é com pessoas incoerentes. De discurso. E de atitudes. Isso é que me tira do sério. Tira-me mesmo muito do sério. É meio caminho andando para voltar a ser a 'rainha do gelo'. Percebes? É recado? É aviso? A esta altura do campeonato é a merda que tu quiseres porque uma noite de sono não foi suficiente para me acalmar a neura. Portanto escusas de vir de mansinho, que hoje é melhor nem vires. Ainda. Amanhã não sei.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

aiaiaiaiaiai



Foda-se-pahh-que-se-há-merda-que-me-enerva-é-distorcerem-o-que-eu-digo!! Olha menino, eu estou assim a modos que apaixonada por ti, a modos que muito apaixonada, mas isso não te dá carta branca para este mundo e o outro! Que tenho um feitiozinho de merda, de menina mimada, que tu ainda não tiveste a oportunidade de ver. E não me queiras apanhar num dia virada ao contrário, ok?! Muita sorte tens tu em eu vir descarregar para aqui em vez de tas dizer na cara. E sim, só o faço porque sou condescendente e percebo que dias maus todos nós temos e tu estás no direito a ter o teu. Só-não-tens-o-direito-de-me-vir-foder-a-cabeça-a-mim! Quando eu não fui bruta contigo!

(E sim, desculpem lá o capricho mas sou menina de dizer 29 asneiras em 30 palavras ditas quando me enervo. Quem não gosta, paciência! Reclamem para o T.)

a lembrar a noite de sexta


Que mais uma vez foi perfeita contigo. Sem que as janelas estivessem abertas. No silêncio em que eu adoro ver-te dormir.

desligar o cérebro



Preciso de parar. Respirar. Ter mais calma. Deixar a vida fluir. Aproveitar o que tem de bom. Deixar as horas correrem. Não ter medo de perder amanhã o que é bom hoje. E, acima de tudo, evitar os ataques de ansiedade. Que me deixam de rastos. Que me fazem querer desligar o cérebro. Sem conseguir. Que me fazem roer as unhas de um puro medo que não chega a existir senão na minha imaginação. Porque nem aos outros tenho coragem de confessar tudo o que me passa pela cabeça. Todas as parvoíces. Tolices. Todos os medos de menina. Toda a merda que me foram fazendo ao longo da vida - e que nós pensamos que esquecemos, mas que nas horas chave afinal continua cá, e bem vivo. E, acima de tudo, preciso de acreditar que eu também mereço ser feliz. E que não posso ser eu a estragar essa felicidade. A estragar a minha felicidade. Desta vez não serei. Por mais medo que eu tenha de a perder. Um dia, no futuro.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

as estrelas de ontem

Sim. Sim. Sim. Sim. Ontem à noite o céu limpou para uma noite estrelada. Luminosa. Linda. Em que mais uma vez a menina foi muito feliz.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

o lugar dos outros



Eu posso ser um bocadinho louca. Mas não sou a única neste mundo. E recuso que outras pessoa dêem ainda mais comigo em doida. Não admito mesmo. De intransigentes todos temos um pouco, em determinada altura. Mas há que saber parar. E, acima de tudo, antes de julgarmos as outras pessoas temos de ter a capacidade de nos colocarmos no lugar delas. Ou pelo menos tentar. Só assim de loucos todos poderemos ter um pouco.

resumo do dia


Isto hoje não está negro... está escuro como breu. Esperemos que logo à noite o céu limpe de vez.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

17



Só há uma coisa que me acalma. É que ao menos hoje é dia 17. E quem me conhece sabe que um destes dígitos há muitos anos que é demasiado importante na minha vida. Pode ser que hoje faça também pender o destino a meu favor, numa história alheia da qual depende em grande parte o meu curto prazo.

veredicto inapelável



Duas amigas e um copo de vinho...

Eu: Blablablabla... e pronto. Estou aqui uma pilha de nervos, com um ataque de ansiedade do pior.
Ela: Hmmmm...
Eu: Mas não achas que tenho pelo menos um bocadinho de razão para estar assim?
Ela: Não sei que te diga, tu és daquelas que se fosse nomeada para os Oscares não tinha discurso preparado para agradecer ter ganho o Melhor Filme. Agora o discurso de quem morre na praia quando ouve outro nome esse já o sabes de cor!
Eu: ... E então?
Ela: Acho que és tola e ponto final.
Eu: Ohhh não sejas assim.
Ela: Mas diz lá.
Eu: Digo lá o quê?
Ela: O discurso da derrota, já o tens pensado à última vírgula que eu sei!
Eu: .... ... ...
Ela: Ah muito bem. Então e se o que acontecer for exactamente o contrário, que é o que TUDO indica?
Eu: Não faço a mínima ideia o que dizer nem como reagir.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

primeiro diálogo do dia


Ele: Lá estás tu!
Ela: Eu? O que é que foi agora?
Ele: Não te esqueceste de nenhuma peça de roupa em casa?...
Ela: Ahh... se calhar deixei a saia no carro. Queres que vá lá procurar?
Ele: É capaz de ser melhor.
Ela: Mas não gostas de leggings?
Ele: Gosto muito, mas são tão justos como collants. E gosto eu e os outros homens também!

PS: E é isto um homem moderno e mente aberta. Há coisas de macho que lhes estão no sangue e não mudam...

a partir de agora é que vão ser elas!



É oficial para o mundo: estou apaixonada! Muito apaixonada! Basta ele passar por mim e eu desfaço-me em sorrisos e borboletas com o ar mais aparvalhado deste mundo. De repente a vida ganha outras cores. Ele bem que me pergunta do que é que tanto me rio sozinha, sem perceber que é precisamente a causa das minhas atitudes tolas que tanto o intrigam - e que suspeita que serem causadas por outra pessoa. (Pronto, só ainda não é 'oficial' para ele. Não é que não esteja mortinho de saber. Mas pronto. Não lhe vou dizer assim 'de barato').

PS: é oficial também que a partir de agora estou lixada, à grande, e que passarei a ser acometida de ataques de ansiedade, de medos de perda, de ciúmes, e dessas porcarias todas que apertam o coração a quem gosta. Bahh que enjoo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

mentiras que me adormecem



Ontem à noite cheguei à conclusão que há mentiras que me acalmam. Mesmo que eu saiba que são, de facto, mentiras. Que me curam as insónias e me fazem adormecer profundamente. Mesmo que eu saiba que são, de facto, mentiras. Que já não me chateiam. Que me fazem encolher os ombros e adormecer. Que são tão insólitas que só podem mesmo ser mentiras. Mas que não me fazem ir mais além. Perguntar. Questionar. Nada. Talvez porque essas mentiras, no fundo, me confirmem as verdades que já suspeitava. E provavelmente é isso que me acalma: não me deixam na dúvida, confirmam-me o que eu intimamente já sabia.

quero, posso e mando



Quero (vou!) pintar uma parede da sala de 'Rosa Morango Mate' e uma parede do quarto de 'Rosa Doce Brilhante'. E-não-quero-que-ninguém-me-chateie-por-causa-disso-que-a-casa-é-minha-e-eu-faço-o-que-apetecer! Entendidos?

falta de pontaria



Expliquem-me lá porque é que, de cada vez que eu acho que tenho o digníssimo direito a fazer uma ciúmes, que penso 30 vezes no que vou dizer precisamente para expôr o meu queixume sem perder a razão, ainda assim tenho sempre o azar de falhar a pontaria e ser acusada de fazer filmes?! I rest my case.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

blogs de decoração


Numa palavra: adoro! Descubro um e outro e mais outro. Cada vez melhores. Aliás, todo o mundo dos blogs me fascina, mas os de decoração são uma perdição que me faz perder horas e horas em frente ao computador. E com mudanças daqui a uns dias, estou cada vez mais rendida e apaixonada.

florença


... em contagem decrescente!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

maria, nós ainda somos capazes de nos chatear as duas



O que é que se faz a uma mãe (leia-se 'minha mãe') que anda com o relógio biológico aos saltos para ser avó? E que acha todos os recém-nascidos lindos, lindos de morrer? E que me olha de modo transviado quando passamos na secção de brinquedos para crianças do Corte Inglés? E que passa os fins de tarde a ir a saraus de bailado e festinhas de crianças dos netos das amigas? E que a pergunta me fez com maior sorriso nos últimos meses foi 'mas tens mesmo a certeza que não estás grávida'?... O-que-é-que-eu-lhe-faço?! Hmm?

vida de jornalista # 1


Entrevistado: E depois em 1989, quando eu voltei ao negócio...
Jornalista: Hmmm? 1989? Desculpe, aqui pelas minhas contas diria que isso foi em 1974...
Entrevista: ... Ah... Pois é capaz de ter razão... Sabe que eu já me baralho um bocado.

Ouvir a história de uma família pela boca de um senhor de 80 anos pode ser um puzzle cronológico desafiante...

impossível hoje


Parar se sorrir! Sim, estou enjoativamente bem disposta! Não liguem.. não liguem...

diálogo com o passado


Ele: Está boazinha?
Ela: Sempre boazinha.
Ele: Boazinha ou boazona?
Ela: Depende do contexto...
Ele: Hmmm... E quando é que és uma coisa e outra?
Ela: Depende da pessoa e das intenções...
Ele: Tão politicamente correcta...
Ela: ... Ou não.
Ele: Ahh sim, sim.
Ela: Não sou boazona porque isso é descer o nível... quanto muito boazinha de inúmeras formas.
Ele: Boazinha... Inúmeras formas... gosto...
Ela: Imagino.
Ele: Imaginas o quê? Então?
Ela: Imagino que gostes.
Ele: E baseias-te em algum factor empírico para imaginares isso?
Ela: Não... puro delírio da minha mente!
Ele: Quando eu voltar temos de ver essa imaginação...

as nossas noites (a tua cama)



Não sei explicar. Não consigo. Nem sei se quero. Como é que conseguimos ser tão íntimos em tão pouco tempo. Não sei. Mas gosto. Muito. E sei que tu também gostas. Ontem foi demais. Foi tudo demais. Foi demasiado bom. Demasiadamente impossível. Mas aconteceu. Ainda tenho estrelas nos olhos. E a lembrança do teu sorriso. Tu tens este efeito em mim. Querer tudo sem limites. Experimentar. Porque cada dia é melhor. Porque cada noite é mais uma e (cada vez mais) única. Não sei o que é que me fazes. Não sei se vai haver depois de ti. Mas se houver, vai ser muito complicado. Porque contigo é como nunca antes tinha sido.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

veredicto provisório


Ainda sem sentimentos de culpa depois de ter passado as últimas 48 horas a devorar chocolates como se não houvesse amanhã... e agora bem que almoçava uma pizza, na Capricciosa, com vista para o mar... Adiante, adiante.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

pergunta existencial


Os homens procuram mulheres iguais às mães... mas procurarão as mulheres homens iguais aos pais?... Esperemos que não. Esperemos que não. Por variadíssimos motivos que davam uma tese de doutoramento.

desejo (conjunto) para um dia de sol



Sairmos da cama directos para o Bar do Guincho. Apanhar sol. Tomar o pequeno-almoço a ver as ondas. A cheirar o mar. Carregados de livros e revistas. Partilhar o silêncio da companhia. Aquele que, longe de ser incómodo, une. Dar mimos e sorrisos. Dizer parvoíces. Contar histórias. Dar beijinhos. Viver um momento de cada vez. Porque a felicidade vem, em grande parte, do nosso querer e da nossa capacidade de conseguirmos saborear os bons momentos que a vida nos dá. Sem pensar no futuro. Porque só importa ser feliz hoje. Amanhã, logo se vê.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

a acabar de ler (ou devorar... vai dar ao mesmo)

dias e dias



Há dias em que me falta a paciência. Em que me apetece virar costas. Bater com a porta. E dizer chega a determinadas situações 'desconfortáveis'. Há dias assim. Pois há. Mas mais vale estar quietinha. Fazer-me de morta e esperar que passe a neura. Não vá dizer o que devo, mas não quero.

andamos nisto


Ele não dorme porque o cão se magoou numa pata, vá-se lá descobrir como.
Eu não durmo porque ele não dorme.
E passámos os três uma linda noite de insónia: eu, ele e o cão.