segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Gosto dele porque


Gosto dele porque sim. Porque me faz bem. Porque me surpreendeu. Porque não me obriga a pensar no futuro. Porque é uma pessoa fascinante. Porque lhe conto coisas que nunca contei a mais ninguém. Porque gosto de o ouvir falar. Porque me faz rir. Porque me faz sentir bem. Porque é doido como eu. Porque tem uma personalidade incrível. Porque me faz sentir que eu posso ser melhor e mais agarrada à minha vida. Porque já não existem homens assim – a não ser no antigamente onde ele ainda não tinha nascido. Porque é uma mistura do que gostava de ser com o que verdadeira é. Porque me ouve mais do que eu me oiço a mim própria. Porque tem uma mente brilhante e pode ter um futuro melhor ainda. Porque me faz cócegas. Porque é um génio até na cama. Porque era a pessoa que eu precisava para minha vida agora. Pronto, por tudo isso e um mundo de infinidades mais, gosto dele assim como é. Não se apercebendo ele do verdadeiro potencial que tem.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Complicações

Cada vez percebo menos a minha vida, mas também já me vou habituando a isso. Mas desta é que não estava mesmo à espera. Aproximei-me dele porque lhe achava piada. Muita piada até. Porque tem personalidade. Porque não vai com as ondas da maré para onde estas lhes apetecerem. Mas achava que ele não me achava piada a mim. E isso também não me importava muito, porque ele despertava-me mais curiosidade que outra coisa. Ele tinha alguém, eu estava convencida que ele gostava dela - e eu andava eternamente a debater-me com as minhas ansiedades crónicas, mas voltava-as para outra pessoa. Não ia tudo bem, mas também não ia tudo mal. Ia tudo, mais nada. Até que houve um jantar. Muito bom, mas estranho. Um jantar que me deixou com dúvidas. Um jantar em que ele me deu permissão para entrar um bocadinho mais na vida dele. E eu gosto de permissões e desafios.
Depois partilhámos um gelado e uma garrafa de vinho. E depois fomos para a cama. E que cama! E depois tudo se misturou. Contámos uma boa parte da vida um ao outro. Percebi o que ia por trás de tanta maluquice. Gostei e quis saber mais. Fiz perguntas, ele respondeu. Depois dei por mim a ir ter com ele às escondidas dos meus amigos. E continuámos a ir para a cama.
E eu divertia-me. À séria. Porque era só isso que queria: divertir-me. Até que ele me disse que não gostava de vidas duplas e que a ia deixar. Aí assustei-me. Vais fazer o quê? Repeti-lhe vezes sem conta que não fizesse nada de que se pudesse arrepender. Não sei se lhe estava a dar um conselho, ou se implicitamente lhe estava a pedir, a implorar “Por favor! Não o faças! Deixa-te lá estar com ela que estás bem!” Porque eu agora não sei o que hei-de fazer. E também não sei se me divirto assim tanto. Ou melhor, eu divirto-me, tenho é medo de deixar de me divertir. E penso: desta vez fiz tudo certo, e mesmo assim ando stressada outra vez. Isto parece que não muda nunca. Ou stresso porque não me ligam nenhuma, ou stresso porque me ligam demais. Agora precisava de um copo de vinho, de um cigarro e da minha confessora. E não tenho nada disso à mão.

Folhear revistas é no que dá!


E como um simples teste numa revista pode dizer tanto sobre nós:
1. O seu ponto forte é fazer várias coisas ao mesmo tempo;
2. Interessa-se por literatura, arte e política e gosta de partilhar os seus interesses com as pessoas que a rodeiam;
3. Investe demasiada energia a pensar nas pessoas e nas situações, mas entre em stress quando lhe pedem para ser negociadora;
4. Você está sempre em trânsito: as viagens são a sua vida;
5. Desde que um homem lhe dê espaço que precisa, até poderão ser felizes.
… Assustador! Céus!

E agora?...


Porque é que assusta quando o universo nos dá de volta exactamente aquilo que lhe pedimos? Depois das borboletas na barriga vem o medo. “Querias? Agora tens! Agora deixaste de ter desculpa.” Bom, eu queria. E tive. E foi bom. E é bom. E continua a ser ainda melhor. Mas também me assusta. Agora não sei o que hei-de fazer. O que é suposto fazer. Quero que tudo continue exactamente como está. Quero continuar naquele sorriso adolescente que me faz sentir viva. Mas será que ele também quer isso? Será que ele também quer só isso? É que eu por agora estou bem assim. Nunca antes estive, por isso agora estou. E não quero que lhe passem outras ideias pela cabeça. Pelo menos para já. Será que o verbo usufruir dura no tempo? Ou acarreta sempre algo mais? Não sei. E eu estou bem neste não saber – só queria é que ele também estivesse.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mr DJ

"O único pecado que existe é negar-me a mim próprio". Gostei.

I want candy


Cada vez sei menos o que pensar de ti. Mas cada vez gosto mais. Entraste da minha vida por mero acaso. E parece que te podes candidatar a uma das gavetas principais. Fazes-me sentir viva. Com vontade de pular e gritar. Como se não houvesse amanhã. Já vivi tantas vezes para um amanhã que não se concretizou que agora deixei de querer pensar nisso. É assim que eu me imagino. Contigo ou pelo efeito de ti. Aos pulos como a Marie Antoinette da Sofia Coppola. Sem pensar em nada. Essa imagem ficou-me gravada. Não como utopia, mas como efeito realizável. Como um afrodisíaco de algo. Conquistas-me quando me dizes que vais ser a minha perdição – e depois me agarras na mão e me dizes que não. Quando me dizes que o teu pior pecado é a luxúria – e eu tremo só de olhar para o lado e te ver ali quando não estava à espera.
Que tu és uma perdição eu não tenho dúvidas. Não sei se chegarás por completo a ser a minha. Mas quero acreditar um pouco que sim. Um pouco. Porque eu conheço-me e sei que dentro da falta de limites eu encontro os meus. Sempre lá. Mutáveis, flexíveis. Mas sempre lá. Os teus não sei quais são. Mas gosto da tua presença. Gosto muito. Eras o que eu precisava para me libertar das minhas ansiedades intrínsecas. De tudo o que dentro me mim me impede de ser a pessoa que quero ser. Olho para ti e não quero ser como tu, mas sei que me podes ajudar a ser quem quero ser. Sei que estás de passagem na minha vida. Que não vieste para ficar. Ou vieste? Que as nossas impossibilidades nos impedem de pensar em que quer que seja. A não ser no presente. E é aí que tu estás bem. Há quem me faça pensar no passado. Quem me faça querer um futuro. Tu limitas-te a fazer-me viver um presente.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

16 anos outra vez


Há muito tempo que eu não tinha 16 anos outra vez. Gostei. Gostei mesmo tanto que ainda estou com um sorriso na cara. Daqueles! O que é que se faz a um domingo à noite? Há quem esteja em casa a ver televisão. Ou a ler. Ou a dormir. Eu estava sentada na beira no passeio, com o meu DJ maluco, a comer gelado de chocolate e a partilhar histórias maradas. Ele ficou três vezes sem fala... eu uma. Ficávamos ali a noite toda, não fossem as horas ter passado sem darmos por nada. Nadinha. O quê? Estamos nisto há 3 horas?! Impossível. Dos afters ao Fernando Pessoa, do Lux à Jamaica, das vidas duplas às relações que não funcionam e não se acabam, dos limites ou da falta deles. Do medo que dá quando se chega lá perto. Quando não se percebe que ainda cá estamos porque uma força superior limpou as nossas asneiras. Mete medo. Assusta. Do que perdemos quando nos entregamos completamente. "Tu vais ser a minha perdição. Nunca te devia ter encontrado." Gostei. Para a próxima trago outra vez as colheres e provamos o de baunilha. Ou o de morango. Porque a noite do gelado de chocolate já deixou boas recordações.

domingo, 2 de agosto de 2009

Pecados...

O problema de encontrarmos a pessoa que sempre procurámos na vida é que deixamos de ter desculpa para não fazermos o que sempre quisémos. E isso é um risco de tal forma arriscado, que não quero nem pensar. Ou quero pensar. Não sei. Ou penso depois. Sexta-feira à noite estavamos a descer as escadas. Estava cansada sem estar. Estava noutro mundo. Quando ele me disse. Disse-me "Miúda, perdes-te comigo, perdes-te para sempre". E eu sorri. Era um aviso? Foi isso que tu fizeste? Estava a avisar-me enquanto me davas a mão para descermos as escadas? Gostei de te ouvir. Nem imaginas quanto. Porque é contigo que eu me quero perder. Vi isso escrito nos teus olhos assim que nos apresentaram. Não eras mais uma pessoa. Eras uma pessoa com significado. Eu só não sabia muito bem qual, mas agora já sei. É contigo que eu me vou perder. Porque tu és perigoso. Mas estás lá por mim. Desvias-me do meu caminho ao mesmo tempo que me dás a mão e me relembras que estás ali. Que só me perco até tu deixares. Que me telefonas. Que te preocupas. Que queres saber como é que eu estou. Atiras-me para o abismo mas proteges-me. Gosto desta nossa relação estranha e improvável. Gosto porque vem isenta de obrigações. Eu não quero saber o que pensas que mim. O que eu penso de ti não sei se te interessa. Tu vais ser o princípio do meu fim. De um fim tão desejado. Mas ainda bem que é contigo. Não poderia ser com mais ninguém.

sábado, 1 de agosto de 2009

After hours


Crazy nights. Daquelas que nem se contam... sussurram-se ao ouvido. Ninguém fez, ninguém viu, ninguém ouviu. Mas que foi bom foi porra! Do melhor! As casas de banho do K. também não falam. Tarantino não faria melhor.