sexta-feira, 28 de maio de 2010

quinze minutos de táxi

Fiquei a saber:

Que senhor taxista – Carlos Miguel, pois claro (!), com o dito fio de ouro ao pescoço – tinha adormecido três horas e que ‘a patroa’ não o acordou;
Que se despachou em 15 minutos. Atenção: só lavou a cara e os dentes. Agarrou na máquina de barbear portátil e aproveitou para lhe dar uso quando chegou à praça;
Que a culpa de tal sucedido foi da troca de telemóvel “porque oiça (!) os Motorolas mesmo sem bateria conseguem assim um bocadinho mais de bateria para o despertador, né?! Mas agora oiça (!) tenho um Samsung que não faz nada disso”;
Que amanhã vai ter uma despedida de solteiro, mas está tudo muito mal combinado. Anda um homem a querer ir ver strip e afinal marcam-lhe uma cartada e nada de gajas a despirem-se;
Que ‘a patroa’ abriu recentemente um salão de estética com uma sócia que está a mudar de casa e diz que não se importava de ir à festa amanhã também: “Oiça (!) se ela quer ver uma strippér a roçar-se no homem dela não tenho nada contra”
Que o gasóleo das bombas de Linda-a-Velha não valem um chavo e que aproveita os vouxês – sim, atenção, muita atenção, vouchers pronuncia-se vouxês! – do Lidl que a sogra lhe dá para ir atestar a viatura na BP;
Que tem uma carrinha Opel – oiça (!) novinha! – mas que não está para dar dinheiro à ladroagem do stand oficial só para lhe mudarem o óleo e por isso falou lá com um amigo que lhe ensinou como é que se faz sem ir à marca.

Sou sem dúvida uma mulher muito mais esclarecida. Tenho dito.
Mas tenho por acaso cara de quem está interessada? Tenho? Tenho?
É impressão minha ou estas coisas só me acontecem a mim?

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