quinta-feira, 8 de julho de 2010

cena de ciúmes


Ao fim de quase dois meses de indefinida relação (já se percebeu que é só na minha cabeça que está indefinida, mas ainda assim é o que vai dentro que conta) achei-me ontem no digníssimo direito de poder fazer a minha primeira cena de ciúmes (via sms, claro está, como grande prova de maturidade da minha parte...)

 - Ah foste ter com ela? Hmmm...
 - Fui. Ainda por causa do gato. Estivemos a falar...
 - Ah estiveram a falar?! Que bonito. Muito muito bonito. Anda aqui a escrava a trabalhar para o menino estar na conversa com a sra dra! Parece-me bem.
 - Não estou a perceber...
 - Não?! Ah não?! Ok...
 - Não, não estou. Explica lá, se me fazes o favor.
 - Olha lá tu por acaso contaste-lhe o que se passa entre nós?
 - Claro que não.
 - Pooooois, claro que não! E já agora porquê? Hein, porquê? Tens alguma coisa a esconder? Estás arrependido? Não queres assumir? Diz já de uma vez para não andar aqui a perder tempo!
 - ...
 - Não percebi! Repete lá!
 - O que se passa entre nós é mágico e especial... e é entre nós. Sabes muito bem que não tenho problemas em assumir o que seja ao mundo. Sou um homem discreto e não admito que os outros se metam na minha vida. E tu para tonta não te falta muito. Pára lá com essa cena de ciúmes que não tem pés nem cabeça. Além de que nunca revelaria o que quer que fosse sobre nós sem termos acordado primeiro os dois no que dizer, quando e a quem.

E ainda me mandou beijinhos. Pronto. E com esta me calou e eu mais envergonhada não podia ter ficado. E a Espanha dois segundos depois marcou um golo. E eu fiquei ainda mais enfiada do que já estava. Às vezes para parva não me falta mesmo muito...

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