quinta-feira, 24 de março de 2011

ponto da situação


Não entro em discussões políticas e económicas com quem não percebe ri-go-ro-sa-men-te nada do assunto. Já chega. Cansei de ouvir barbaridades. E façam o favor de não me pedirem a opinião sobre o actual estado da Nação se não concordam comigo, nem me querem ouvir. É que ninguém é obrigado a concordar, opiniões todos temos, mas escusam de me atirar pedras como se não houvesse amanhã só porque eu acho que a demissão do Primeiro-Ministro não vem na melhor das alturas. Desculpem sim?! E desculpem também se acho que as hipóteses que temos de substituição do dito Primeiro-Ministro não passam de uma cambada de hipócritas, com ganância de poder. E já agora, se me é permitido acrescentar, também não me cortem os pulsos por eu achar totalmente despropositadas greves de trabalhadores de empresas públicas em reivindicação de melhores salários, quando as ditas empresas não terão sequer dinheiro para mandarem cantar um cego daqui a muito pouco tempo.

Não, eu não gosto do tal Primeiro-Ministro demissionário. Não votei nele. Não concordo com as suas ideias nem modos de actuação. Mas daí a achar que é o culpado de todos os males do mundo também já me parece um pouco de exagero. E como é que querem que defenda o país numa cimeira europeia em Bruxelas se o esvaziam de poder e o colocam na posição em que colocam? E se agora tanto criticam e apedrejam o dito senhor, expliquem-me lá porque é que votaram nele há dois anos? Isso é que eu gostava mesmo de saber. E, já agora, como é que pensam em sair desta embrulhada toda também.

Se querem ouvir a minha opinião, oiçam-na. Mas até ao fim. Depois façam dela o que quiserem. Quem votou nele foram vocês, não fui eu.


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