sexta-feira, 20 de maio de 2011

amo te, é isso?


Sabes qual e o problema? É que te amo. Dói dizer. Há tantos anos que não o dizia. Mas amo te. Só te posso amar muito. Por tudo o que se passa entre nós. Porque todos os dias juro que te tiro da minha vida. Acordo a acreditar nisso. E basta ver te. Bas-ta-ver-te. E o mundo muda. Tudo passa. Mas tudo acontece. Todos os insultos. Todos os desesperos. Tudo se desvanece em nada quando te aproximas de mim. Quando brincas comigo. Quando arranjas desculpas para falarmos. Quando desces comigo de elevador. Uma tensão brutal que nos afasta. E eu a fingir me indiferente. E a derreter me, como água para chocolate, quando te despedes com um beijo no pescoço. Aqueles segundos em que os teus lábios me queimam a pele. E tudo o que vem depois. Os elogios. A preocupacão. Odeio te tanto quanto te amo. Sabes há quantos anos eu não dizia este verbo? Há dez. Amei com 22. Agora amo com 32. E tu só fazes merda. E eu só me passo. Mas os dois sabemos que tudo entre nós se resolve à nossa maneira. E agora? Amanhã acordo a achar me livre de ti, para assim que te voltar a ver me sentir esmagada porque te amo outra vez.

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