quarta-feira, 3 de agosto de 2011

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Há dez anos atrás tive um problema muito grave. Com uma pessoa. Que depois de me ter acusado deste mundo e do outro. De me ter tentado magoar. De me ter atirado escadas abaixo. De me ter feito, pela primeira vez na vida, sentir pânico e suores frios... acabou por lhe ver dignosticada uma doença mental. Esquizofrenia. Essa pessoa desapareceu para todo o sempre. Medicada, sei, à distância, que consegue levar uma vida relativamente inofensiva. Não lhe desejo nada. Apenas que encontre paz de espírito no mundo onde vive e que encontre a justa medida entre a realidade que se passa dentro da sua cabeça e a da vida real.

Dez anos depois. Há outra pessoa. Os contextos são diferentes. As histórias em nada se tocam. Numa, eu era o alvo de uma fúria desmedida, agora fui apenas um 'peão' numa história de outros. Espero que tudo tenha acabado ontem. Porque terminou relativamente 'a bem', passe o negro dos últimos dias. Com uma certeza fiquei: nós nunca conhecemos verdadeiramente as pessoas que estão ao nosso lado. E, muito menos, que realidade se passa dentro das suas cabeças. E do quão perigosas se podem tornar quando perdem noção dos limites. E das verdadeiras capacidades/incapacidades do ser humano quando é levado ao limite. End of story.

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