terça-feira, 23 de agosto de 2011

gostamos porque gostamos mesmo?... ou porque já estamos habituados a gostar?



Eis a questão. É difícil definir o que nos faz gostar de uma pessoa. Porque é nos pormenores - absolutamente secundários para os outros - que nos apaixonamos sem razão. É por isso que uma pessoa nos parece perfeita e nos é totalmente incompreensível como é que o resto do mundo não está igualmente tão vidrado nesse objecto de desejo.
Mas depois o tempo passa. Depois os defeitos vêm à tona de água. Depois começam os pequenos 'quês' que tentamos ignorar que não suportamos. Que afinal não têm nada a ver connosco. E, por vezes, caímos no erro de continuar a insistir numa relação sem futuro. Porque o que tinha de acontecer de bom já aconteceu. Mas virar costas nem sempre é fácil, mesmo que um certo mal-estar já se tenha alojado algures.
E, mais tarde ainda, aparecem outras pessoas. E nós ainda estamos tão enredados a segurar as pontas do que não tem remédio, que olhamos para os lados pelos motivos errados, em processo de substituição - que nunca resulta. Até que felizmente há um dia. Um dia em que tudo tem que se esclarecer. Nem sempre é quando nós queremos, mas aparece sempre, sem dúvida. E este fim-de-semana foi 'esse dia'.
Aconteceu tudo como tinha de acontecer. Fui para fora com o B., estive com o T.... e, no final, dei por mim a sentir-me melhor ao lado de quem não esperava. Porque o melhor do meu fim-de-semana era sempre com o B. por perto e não quando o T. estava presente. E isso foi uma surpresa para mim. Não saíste da minha vida quando eu quis, não saíste da minha vida por causa de outra pessoa, saíste agora porque me apercebi que me habituei a gostar de ti e me habituei a viver com os mal-estares que me provocavas. Até outra pessoa, aos poucos, me ter mostrado, mesmo sem desconfiar, que não és tu que eu quero. Que o mundo não acaba na tua ausência. Que eu sou melhor pessoa sem ti. Porque contigo, já não consigo ser eu.

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