sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

sobre o mau jornalismo que se faz em Portugal

 
Já lá vão 12 anos disto. De jornalismo. Todos os dias. E muitos sábados e domingos incluídos. Nunca ninguém reclamou de uma linha. De uma palavra. Nunca ninguém se queixou. Se tenho orgulho? Sim, mas apenas porque "não faço mais do que o meu dever e a minha obrigação" e tenho noção do alcance do que escrevo. Que depois de publicado não há volta a dar, por mais 'direitos de resposta' remediados. Por isso revolve-me as entranhas o mau jornalismo que se pratica neste país. Maus jornalistas que não passam de uma corja de gente que nem escrever sabe, com a mania que o são só porque acreditam que é uma profissão que dá estatuto. Pobrezinhos... de espírito. E de palavras. E que mau exemplo que são.
Sou das jornalistas mais críticas da classe. Daquelas que ama o jornalismo pelo que é. Pela função primordial que cumpre. E não porque tenho um cartão encarnado com 'press' em letras garrafais que me abre muitas portas. Como tal, é com muito orgulho que vou passar a tarde a escrever um 'direito de resposta' em nome de uma grande amiga. Porque uma jornalista de 'terceira categoria' , de uma suplemento de uma certa revista semanal, não pensou antes de escrever as asneiras que escreveu.
É que tais atitudes trazem ao de cima o mais elitista que há em mim: é por isso que uns escrevem em jornais semanais de referência há décadas... e outros em certos suplementos, que nem direito têm a ter o nome na ficha técnica. Diferenças à parte... deveríamos todos fazer o nosso trabalho o melhor possível. O que, infelizmente, esta semana não foi o caso.

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