quarta-feira, 5 de agosto de 2009

I want candy


Cada vez sei menos o que pensar de ti. Mas cada vez gosto mais. Entraste da minha vida por mero acaso. E parece que te podes candidatar a uma das gavetas principais. Fazes-me sentir viva. Com vontade de pular e gritar. Como se não houvesse amanhã. Já vivi tantas vezes para um amanhã que não se concretizou que agora deixei de querer pensar nisso. É assim que eu me imagino. Contigo ou pelo efeito de ti. Aos pulos como a Marie Antoinette da Sofia Coppola. Sem pensar em nada. Essa imagem ficou-me gravada. Não como utopia, mas como efeito realizável. Como um afrodisíaco de algo. Conquistas-me quando me dizes que vais ser a minha perdição – e depois me agarras na mão e me dizes que não. Quando me dizes que o teu pior pecado é a luxúria – e eu tremo só de olhar para o lado e te ver ali quando não estava à espera.
Que tu és uma perdição eu não tenho dúvidas. Não sei se chegarás por completo a ser a minha. Mas quero acreditar um pouco que sim. Um pouco. Porque eu conheço-me e sei que dentro da falta de limites eu encontro os meus. Sempre lá. Mutáveis, flexíveis. Mas sempre lá. Os teus não sei quais são. Mas gosto da tua presença. Gosto muito. Eras o que eu precisava para me libertar das minhas ansiedades intrínsecas. De tudo o que dentro me mim me impede de ser a pessoa que quero ser. Olho para ti e não quero ser como tu, mas sei que me podes ajudar a ser quem quero ser. Sei que estás de passagem na minha vida. Que não vieste para ficar. Ou vieste? Que as nossas impossibilidades nos impedem de pensar em que quer que seja. A não ser no presente. E é aí que tu estás bem. Há quem me faça pensar no passado. Quem me faça querer um futuro. Tu limitas-te a fazer-me viver um presente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

fatias