quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

E depois melhorou...


Se o dia ontem foi mau, a noite pior ainda. Tinha acabado de chegar a casa. Estava deitada no sofá a tentar finalmente esquecer-me do mundo quando o telefone tocou. E o dia ficou um bocadinho pior. Inesperadamente pior, como expliquei hoje à S. “Sabes o que é que me enervou em levar com a amante dele? É que eu até gosto dela. E ela até tinha razão no que disse!” Lá ter razão tinha, mas podia ter escolhido outro dia. Não escolheu. E eu que estava em maré de “não tarda muito estou a cortar os pulsos” fiz a mala de fui pedir mimos para outro lado. Acontecimento inédito na minha curta história de independência: ir dormir fora por me sentir sozinha. Mas fui.
Cheguei. Não falei muito porque também não tinha muito a dizer. Só queria sentir companhia. Deitei-me no sofá. E o telefone toca outra vez. Dejá vu absolutamente desnecessário. Não era ela outra vez. Era ele. O fantasma do passado que decidiu entrar de novo na minha vida. Eu, que até estava a achar piada a deixá-lo entrar aos poucos, não estava à espera de cobranças e exigências. A isso é que já não achei tanta graça. Menti-lhe. Inventei um monte de treta para não lhe dizer a mais pura das verdades. Que tive um dos piores dias dos últimos tempos e que não podia ter escolhido hora pior para querer reivindicar o que quer que seja a que ele acha que tem direito. Dito isto adormeci.

E o dia de hoje foi incrivelmente melhor!

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