quarta-feira, 19 de maio de 2010

cozinhar ou não cozinhar, eis a questão

Então vá lá! A minha relação com a cozinha não é boa nem má, é inexistente. Nem sei dizer se gosto ou não de cozinhar, se tenho jeito ou se sou um traste, porque até agora vivi a minha vidinha inteira rodeada de pessoas que cozinharam para mim: começou no meu pai, continuou nos namorados e acabou nos meus amigos. Agora que sou uma adulta emancipada e independente costumo dizer na brincadeira: "Há quem tenha uma bimby, eu tenho a S." - quem nasceu com o gene da cozinha de autor e em dois segundos imagina um menu requintado e original digno de qualquer restaurante com estrelas Michelin.
Acontece que hoje tenho um jantar lá em casa e a S. - a quem tinha naturalmente adjudicado a tarefa - vai comer caracóis para outra freguesia. Assim sendo, depois de 24 horas a hiperventilar e a folhear os livros maravilhosos da Mafalda Pinto Leite, lá tive umas ideias saudáveis: de entrada taças de salmão fumado, com camarão e salsa; seguem-se lombos de atum braseados com limão e salada variada e, para terminar, morangos com mascarpone.
Vamos lá ver como é que corre! É nestas alturas que ainda consigo ouvir o meu pai a gozar-me: "Que dondoca que esta minha filha me saiu! Não te cases com um homem que saiba cozinhar que não é preciso! Hás-de morrer à fome!" Pois sim está bem, vai lá rir-te da cara de outra, tá paizinho lindo?

ps: ah, o jantar não será para o futuro marido, mas para um grande amigo

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