terça-feira, 17 de agosto de 2010

noivos e engenheiros

Ele: Dás-me o teu número de telefone outra vez, que acho que o perdi...
Eu: Claro. É (...)
(o homem em questão mexe e remexe no iphone e vira-se para mim com um sorriso sacana)
Ele: Espera lá, afinal sempre tenho!
Eu: Então?!
Ele: Não está é com o teu nome. Está como Eng. qualquer coisa.
Eu: Eng?!
Ele: Pois... tenho alguns engenheiros na lista de contactos...
Eu: Muito bom! Vê lá se a tua noiva também não terá engenheiras também.
Ele: Nem digas uma coisa dessas.
Eu: Eu se fosse a ti analisava-lhe a lista de contactos antes do casamento. Just in case.

Porque é que há homens que acham que só eles é que são espertos? E porque é que passam atestados de incompetência às mulheres? E porque é que são tão básicos na forma como arrumam as amantes na agenda? Não é que eu seja amante deste, mas em tempos divertimo-nos os dois. Agora divirto-me mais a vê-lo contar, com uma crescente claustrofobia, os dias de faltam para entrar na igreja, e a ouvi-lo pregar das benesses da comunhão e das maravilhas da futura vida de casado (enquanto se deita com todo o mulherio que lhe passa à frente), e vai espumando de raiva com as cores dos convites e o lettering dos missais.

E à minha pergunta: 'Mas porque é que vais casar?', ouvi um singelo 'No fundo gosto dela'. Bem dito pois claro, eu também gosto de tostas mistas e de bolas de berlim com creme. Acho que, neste caso, vai mais ou menos dar ao mesmo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

fatias