quarta-feira, 20 de outubro de 2010

tudo o que te dou


Sim, também sou esquizofrénica como tu. Também oscilo entre a bipolaridade de te adorar e de te ignorar como se não existisses. Que queres tu que eu faça? E não vivemos bem assim? Vivemos. Tu vieste e preencheste um vazio que existia. Mas a minha vida não parou em ti. Porque nada pára em ti. Não quer dizer que goste menos de ti hoje do que quando te tenho na minha cama. Só que é diferente. Não quer dizer que esteja disposta a menos por ti hoje do que estava ontem. Só que eu sou feita de pessoas. Não te posso prometer um mundo que não te vou dar. Posso querer dar-te a parte mais importante da minha vida, mas não te darei a totalidade de tudo o que vivo. Isso não dou a ninguém. Eu sou assim. Doa a quem doer. E a ti tudo farei para que não doa. Acredita. Não me peças para me consumir de saudades tuas. Claro que as tenho. Claro que as sinto. Claro que é em ti que penso todas as noites antes de adormecer. Todos as manhãs assim que acordo. Mas não perco os dias perdida na tua ausência. Perco os dias na vida. Todos os dias. Posso dar-te tudo o em que mim puder ser dado, menos a minha vida. Essa não a dou a ninguém.

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