segunda-feira, 8 de novembro de 2010

acasos, com muito pouco de por acaso



Nada na vida acontece sem um propósito. Nada acontece por mero acaso. By chance, como dizem os ingleses. E, por vezes, o universo espera pela altura certa para nos mostrar o caminho. A seguir ou a não seguir. Deixa-nos à espera da melhor altura. Daquela em que não falha. E aí actua. Mais certeiro que um raio de tempestade. Isso não é mau. É muito bom. Mesmo muito bom. Por muito que nos faça questionar porquês e para ondes. Sábado foi uma dessas noites. Tudo aconteceu exactamente como eu não queria. Mas tudo aconteceu exactamente porque tinha de acontecer. Disso não tive quaisquer dúvidas.

Há erros na vida que não se repetem. E eu ia repetir. Conscientemente. Porque era mais fácil. Mais cómodo. Mais ali à mão. Tudo o que se passou entretanto mudou o rumo de muito em mim. Abriu-me os olhos. Quem marca o meu destino sou eu. Sou eu que tenho de o procurar. Não posso fingir que me serve o dos outros. Por muito agradável que momentâneamente possa parecer.

Se assim não fosse, não teria sido hoje o dia de encontrar a versão original do livro que mais procurei nos últimos tempos. De ter o jantar que mais ansiei nos últimos dias. E de acabar tudo mal. Porque tinha de acabar mal. O caminho não era por ali. E eu andava a ver se não via. Agora não posso deixar de o ignorar.

E tudo isto me dá uma paz imensa. Porque finalmente me confirmou as certezas que me vêm aludindo ao espírito nas últimas semanas. Agora é a altura de procurar. De descobrir. De encontrar. De pegar na primeira página e, a partir daí, num universo diferente. É finalmente a altura de começar pela primeira palavra. Eat, Pray, Love. Sabendo que nada será igual quando acabar.

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