quarta-feira, 10 de novembro de 2010

o ritmo dos dias



Antes os dias ainda paravam. Agora não. Sucedem-se numa vertigem interminável. Como um relógio de corda que não pára. É verdade que tudo é mais intenso. Não há espaços livres entre tudo o que acontece. Tudo acontece sempre e já a seguir. E o que acontece agora já devia ter acabado para dar lugar ao acontecimento seguinte. Tudo com sentido e encadeado. Mas muito depressa. Às vezes demasiado depressa. O já e o agora prolongam-se quase ao infinito. Deixei de perceber o que gostava que viesse a acontecer ou de ter pena do que já aconteceu. Não há tempo para isso.

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