terça-feira, 5 de abril de 2011

eu, ele e o tradutor


Eu achava que essa história de os homens e as mulheres serem de planetas diferentes e falarem línguas diferentes era boa matéria para escritores de vão de escada enriquecerem com livros de auto-ajuda. Ponto. Nada mais do que isso. Pessoas adultas (obviamente) que se conseguiriam entender. Ainda para mais quando ambas gostam. Pois que afinal parece que não. Não mesmo. É de facto possível (!), ainda que continue sem compreender bem como, que eu diga 'A' e ele perceba 'B' e em seguida me responda 'D' que eu leio claramente como um 'E'. Andamos nisto há três meses. De altos e baixos. E muita confusão à mistura.

Até que eu descobri um truque. Infalível. Que se tem revelado de uma ajuda extraordinária e que encaminhou tudo para o seu devido lugar: encontrar um tradutor. Neste caso, sob a figura do meu melhor amigo. Ele traduz-me o verdadeiro alcance do que oiço - e sim, eles são básicos. Básicos que dói. Nós mulheres é que vemos segundos sentidos em tudo e mais um pouco. 'Não S. se ele não quer ir jantar porque está cansado está só a dizer que está cansado, não é que não gosta de ti' - e depois diz-me qual a melhor forma de fazer passar a minha mensagem e ser ouvida. 'Não S., não digas isso. Ele ainda não percebeu sequer que isso te incomoda por isso não desates já a espingardar e a encostá-lo à parede. Frases simples e curtas e simpáticas.' E não é que resulta? Estou maravilhada!

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