sexta-feira, 12 de agosto de 2011

não era suposto (mas continua a ser)



Era suposto a noite de ontem ter sido perfeita (e foi).
Era suposto ter andado de mota, ter falado, rido, bebido uns copos com um rapaz giríssimo (e fiz isso tudo).
Era suposto a conversa ter fluído (e fluiu).
Era suposto este mundo e o outro e única coisa em que consegui pensar foi em ti. No quanto tu me fazias falta precisamente por não estares ali. Precisamente por estar tudo a ser exactamente como devia. Por todas as peças do puzzle terem encaixado. Fiquei com um vazio imenso cá dentro. De saudades.
Não era suposto ter-te mandado uma mensagem (e mandei).
Não era suposto teres respondido (e respondeste).
Felizmente que estavas quase a dormir e qualquer diálogo impossível entre nós ficou por ali.
O pior de tudo?
Não era suposto fazeres-me ter medo de mim própria. Não era suposto olhar para um fim-de-semana de verão com receio, com medo, com angústia. Com a certeza que vão ser demasiadas horas com a cabeça desocupada a tentar (ainda) encaixar que tu não podes estar na minha vida. Já não sei o que fazer comigo mesma. Não era suposto, ao fim de 32 anos, pela primeira vez ter medo de estar sozinha.
Nada disto era suposto, mas é o que acontece.
E eu estou a começar a ficar cansada.

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