quarta-feira, 17 de março de 2010


Ontem disse à Isabel que me pela primeira vez na vida me sinto bem. Finalmente bem e em paz. Menos impulsiva e zangada com o mundo. Parece quase uma frase feita, mas quando a sentimos é tão verdade que não podemos deixar de a dizer. Ela não ficou surpreendida. Já estava à espera. É a pessoa que mais me conhece por dentro e por fora, com aquele olho clínico que sabe o que digo e não digo. Que sabe as minhas verdades e as mentiras que lhe escondo. Como não faz juízos de valor não ficou nem contente nem desanimada. Mas sorriu-me. Finalmente cheguei àquele patamar em que, sem deixar de lutar pelos meus sonhos de menina princesa, sei que eles vão acontecer mais tarde ou mais cedo. E, segundo ela, é bom que aconteçam sempre um bocadinho mais tarde do que nós queremos, para que não fiquemos com a ideia de que tudo é fácil na vida. Depois de lhe ter contado tudo isto senti que me estava a despedir um bocadinho dela. E também isso já não me angustiou. Ela está há seis anos na minha vida e sempre soube que um dia teria de sair.

Sem comentários:

Enviar um comentário

fatias